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Jair Bolsonaro, Santa Catarina, o PSD e o PL

Jair Bolsonaro desembarca nesta quinta-feira em Santa Catarina, para um roteiro por quatro municípios. Ele vem fazer campanha para seus correligionários, candidatos a prefeito do PL, Partido Liberal.

Não custa lembrar que existem outros grandes partidos em Santa Catarina. Vamos citar os cinco maiores. Maiores não propriamente em número de prefeitos e vereadores, mas em relevância no contexto estadual. Partido dos Trabalhadores, o PT. Até porque Décio Lima foi para o segundo turno em 2022 contra o liberal Jorginho Mello.
O vermelho levou uma sova de 70% a 30%, mas chegou. Quais são os grandes líderes do PT no cenário nacional? Estamos falando de figuras que possam vir ao estado, nesta reta final da campanha, ajudar as candidaturas de Pedro Uczai em Chapecó; Ana Paula Lima em Blumenau; Carlito Merss em Joinville; e Lela Farias em Florianópolis. Só para citar os quatro maiores municípios com candidatos petistas. A maior liderança, evidentemente, é Lula da Silva.
Alguma agenda prevista em SC? Claro que não. Quem esteve aqui na semana passada foi a presidente nacional, Gleisi Hoffmann. Ela cumpriu agenda na Capital. E não arrastou multidões. Evidentemente.

Fora dessa

O PP, quem teria para trazer? Ciro Nogueira, presidente nacional, senador pelo Piauí. Quem mais? O líder progressista que merece o maior crédito no plano nacional é catarinense, o senador Esperidião Amin. Ou seja, o PP não tem ninguém para trazer ao estado e alavancar campanhas.

Manda Brasa

E o MDB, quem teria para trazer? Renan Calheiros? Baleia Rossi, deputado federal por São Paulo, que é o presidente nacional da sigla? Michel Temer, ex-presidente?

Herança

Como transparece, o MDB também não vai trazer quem quer que seja a Santa Catarina. O partido tem Renan Calheiros Filho, ministro dos Transportes. Pela fama desfavorável do pai, contudo, claro que ele acaba não agregando eleitoralmente.

Esquerda disfarçada

Fechamos o quinteto partidário com o PSD. Quem os pessedistas teriam para fazer campanha no território catarinense, para cabalar votos aos seus candidatos? Quem sabe o chefão Gilberto Kassab, que preside a sigla com mão de ferro, conduzindo acordos do partido com a bancada do PT no Senado, que indicou três ministros no governo Lula da Silva?

Quem sabe

Tem alguma vinda prevista de Kassab entre nós? Ou talvez de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado e do Congresso Nacional, que engavetou mais de duas dúzias de pedidos de impeachment de ministros da Suprema Corte, com destaque para Alexandre, o diminuto? Com essa ficha corrida, provavelmente Pacheco pudesse ser um bom cabo eleitoral, mas do prejuízo.

Gurizada boa

Quem mais no PSD? Quem sabe Omar Aziz, do Amazonas, que presidiu vergonhosamente a tal CPI da Covid-19, tendo como relator Renan Calheiros, duas figuras patéticas sobre as quais existe uma verdadeira legião de processos. Nas mais variadas instâncias.

Meu rei

O PSD também conta, em seus quadros, com Otto Alencar, da Bahia. Ele era aliado de Antônio Carlos Magalhães, mas depois bandeou-se para os lados do PT. Alencar foi vice do PT no segundo mandato de Jacques Wagner, e depois buscou abrigo no PSD. Óbvio, PSD e PT estão sempre caminhando juntos.

Distância

Tem previsão de alguém do PSD para uma visita ao Estado? Obviamente que não. Essa turma pessedista tem o DNA oportunista, aproveitadores e querem pegar carona em Jair Bolsonaro.

Dissimulação

E nem ficam vermelhos, considerando-se que o ex-presidente Bolsonaro é o oposto, o expoente da oposição ao governo que o PSD integra com três ministérios. Governo Lula, do PT e seus satélites da extrema-esquerda. E o PSD está com eles, faz parte, é da turma, além, naturalmente, de votar com o PT no Congresso.

PSD tem lado

E mais curioso ainda, pra não dizer outra coisa: em Santa Catarina, o PSD é oposição a este mesmo PL, liderado no estado pelo governador Jorginho Mello.
Ou seja, em Brasília, o PSD é PT e em SC, o PSD é contra o PL. Simples assim.

foto>Alan Santos, PR – arquivo, 2022

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