Prestes a completar o 16º ano como prefeito de Itajaí, Jandir Bellini (PP) configura-se em caso único na história política do Estado. Ele já suplantou Irineu Bornhausen, que administrou a cidade por 15 anos. Considerando-se os médios e grandes municípios catarinenses, não há registro de tamanha longevidade político-administrativa. Foram oito anos antes da gestão de Volnei Morastoni, hoje no PMDB, e oito anos depois da única administração do ex-deputado petista. Morastoni, aliás, tentou a reeleição, mas acabou perdendo para o próprio Bellini.
Além de ser administrador habilidoso, o tempo de permanência está associado à extrema popularidade do progressista. O que se observa nas ruas são os eleitores perguntando a Bellini em quem devem votar para prefeito este ano. Até porque o ex-deputado Paulo Bornhausen, presidente estadual do PSB, desistiu de disputar o paço da cidade peixeira.
Decisão
Neste contexto, Jandir Belini está examinando alguns nomes à corrida eleitoral, com destaque para um trio. O advogado João Batista Tavares Gama, conselheiro federal por Santa Catarina na OAB; o também causídico Vilson Sandrini Filho, presidente do PV e procurador-geral da Univali por 10 anos consecutivos, e o ex-vereador Níkolas Reis, atualmente filiado ao PDT. A interlocutores, o prefeito revelou que seu ungido será definido ao longo deste mês, até porque o prazo fatal das convenções homologatórias expira no dia 5 de agosto.
Grande eleitor
Bellini é o grande cabo eleitoral que qualquer candidato gostaria de ter neste momento. Não existe nenhum outro líder no Estado com tamanha força para eleger seu pupilo. Ele está para Itajaí como Leonel Brizola já esteve para o Brasil, quando elegeu Marcelo Alencar para o governo do Rio de Janeiro e Alceu Collares no Rio Grande do Sul, no começo dos anos 1990.
Décio fora
O panorama é ainda mais favorável ao escolhido por Jandir Bellini na medida em que o deputado federal Décio Lima (PT) decidiu não mais disputar a eleição. Seu partido, o PT, trabalhará contra a candidatura do ex-militante Volnei Morastoni. No próprio PMDB, há sinalizações claras de que grupos não estarão engajados na campanha do neo-filiado.
Olho no olho
Jandir Bellini e Décio Lima conversaram nesta quarta-feira. O petista defendeu o nome de Níkolas Reis. Ele está filiado ao PDT, mas sua origem é petista. Seria uma equação para que o PT faça parte da coligação articulada pelo prefeito de Itajaí.
Foto>PMI, divulgação