O atual prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que busca a reeleição, tem aproveitado o período de eleição municipal para tentar estadualizar o nome. Definitivamente, ele deixa claro que não está nem um pouco preocupado com o pleito municipal de Chapecó, onde busca a recondução.
João claramente abandonou a Capital do Oeste e se dirigiu a Criciúma, esse final de semana, em sinal de apoio ao seu correligionário, Clésio Salvaro, preso semana passa por ordem do Poder Judiciário a pedido do Ministério Público.
No entanto, mais que sinal de apoio a Clésio, Rodrigues tenta ganhar visibilidade em torno de seu nome e de seu precipitado projeto. Sonha em disputar o governo do Estado em 2026. Trata a eleição em Chapecó este ano como mero trampolim. Evidente que não vai terminar o mandato em caso, muito provável, de reeleição.
Agora a soberba parece ser tão grande que nunca se sabe. Ou alguém já viu eleição ganha por antecipação? Como o eleitorado de Chapecó, esnobado por seu prefeito e postulante a novo (meio) mandato, irá reagir? Tá tudo certo então?
Pelo visto já combinaram com a maioria do eleitorado chapecoense.
João “viajando” Rodrigues
O homem não para. Marca presença em vários municípios estratégicos, posando ao lado de candidatos do PSD, muitas vezes contra o PL, mas se apresentando como bolsonarista, sendo que seu partido é governo Lula e vota com o PT no Congresso.
O mais recente périplo de João “viajando” Rodrigues foi em Criciúma, onde o PSD parece ter esquecido as propostas, a cidade e seus problemas para focar numa campanha permanente de “desgravo” a Clésio Salvaro.
João “viajando” também está gravando vários programas para candidatos do PSD, já que estão tentando transformá-lo no grande cabo eleitoral do partido no estado. Será que vai colar?
HISTÓRICO
Fato curioso, é que João quando disputou e venceu a eleição referente a eleição para prefeito em Chapecó, em 2020, referia-se a si mesmo abertamente em seus programas televisivos como ex-presidiário.
O pré-candidato do PSD ao governo do estado esteve preso na Papuda em 2018 por conta de um processo a respeito de uma questão de licitação em Pinhalzinho, onde foi eleito vice-prefeito, mas respondia interinamente pela Prefeitura è época.
Depois que foi solto, declarou que voltava mais humilde, que tinha tido uma convivência com seu companheiro de cela, o petista José Dirceu, com quem havia travado interessantes diálogos. Foi além, chegou a dizer na época que sua prisão era parte de um plano maior para buscarem prender Lula da Silva (é muita pretensão).
Fatos estes que denotam que bem possível saindo candidato ao governo em 2026, pelo PSD, João, que faz questão de se dizer Bolsonarista, muito provavelmente pode vir buscar um apoio logo dos petistas para tentar fazer frente ao atual governador Jorginho Mello (PL), que é correligionário e tem a predileção de Bolsonaro.
NOVA TRÍPLICE
Em outra direção, corre nos bastidores uma possível tríplice aliança, que juntaria PL, MDB e PSD.
Caso venha a ocorrer essa combinação, restaria a João buscar outro mandato de deputado federal, seja pelo fator regional (já que a candidata ao Senado da região Oeste deva ser a deputada federal Caroline De Toni), seja pelo fato da direita catarinense, que toma Lula como ex-presidiário, enfraqueceria a chapa com alguém com telhado de vidro neste sentido.
foto>João Rodrigues, candidato em Chapecó, dando discurso em Criciúma – divulgação