Manchete

Jogo zerado no contexto da Lava Jato

Ironia do destino. No mesmo dia em que o TSE decidiu preservar o mandato do senador Sérgio Moro, livrando-o de uma cassação que, por si só, era injusta, o STF, na figura de Dias Toffoli, resolveu anular todas as condenações, de forma monocrática, de Marcelo Odebrecht, o filho de Emílio, o amigo de Lula da Silva.
Aliás, Dias Toffoli já havia assim procedido da mesma maneira em relação à JBS. Também livrando o conglomerado dos irmãos Batista, absolutamente ligado ao PT, de forma igualmente monocrática. De uma canetada só.
De quebra, uma das câmaras do Supremo resolveu absolver Zé Dirceu, o Super Zé, o todo-poderoso petista, mesma da Lava Jato.
Ou seja, o juiz da maior operação de combate à corrupção do mundo foi salvo em seu mandato no TSE, mas, ao mesmo tempo, o STF, parcialmente colegiada ou de forma individual, definitivamente colocou pá-de-cal na Lava Jato.

Calendas da história

Ou seja, nada do que ocorreu, do que foi minuciosamente investigado, comprovado, com condenações severas nas mais variadas instâncias, vale mais. Importante lembrar que não foi apenas Sérgio Moro na Vara de Curitiba que subscreveu sentenças duras contra corruptos e corrompidos.

Colegiados

Foi também o TRF-4, com sede em Porto Alegre, o STJ e o próprio STF (com nove magistrados diferentes), confirmando e até aumentando penas na cleptocracia que foi instalada no passado e que agora voltou à cena do crime. Para usar as palavras do vice-presidente, Geraldo Alckmin, numa referência pretérita ao atual presidente da República.

Vergonha nacional

Não eram indícios, eram provas cabais, irrefutáveis que foram apresentadas. Mas os bandidos foram transformados em mocinhos. Estão livres, leves e soltos. E dando discurso.

Projeto vermelho

Zé Dirceu deve ser candidato a deputado federal em 2026. Vejam só. Tantos outros já estão aí habilitados a disputar, como Eduardo Cunha, que, assim como o petista, foi preso.

Poço sem fundo

Depois da Lava Jato, nós tivemos o Petrolão. Ficou comprovado o desvio de R$ 6 Bilhões da Petrobras. Recursos públicos surrupiados ao erário e que retornaram aos cofres públicos.

 

Como assim?

Agora como todo mundo está sendo inocentado, além de figuras públicas, políticos e empresários, também empresas.

Confissão do crime

Elas que fizeram acordos de leniência, devolvendo o que foi comprovadamente desviado. A Odebrecht tinha um departamento de propinas.

Planilhas

Havia lá o nome de todo mundo, inclusive do próprio Dias Toffoli, que agora resolveu fulminar com as provas. Ele era chamado de amigo do amigo do meu pai. Ou seja, Toffoli era amigo de Lula, que era amigo de Emílio Odebrecht, pai de Marcelo. Típico balaio de siri.

Sombrio

Caminhamos para o precipício. Qual a perspectiva que um país pode ter quando um judiciário acaba invertendo a realidade dos fatos e fulmina com investigações e condenações categóricas, peremptórias? Pobre Brasil.

foto>Lula Marques, Ag. Brasil

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