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Jorge Seif, o candidato ao Senado de Bolsonaro em SC

O secretário especial da Pesca, Jorge Seif, um empresário carioca radicado em Santa Catarina, é o nome escolhido por Jair Bolsonaro para disputar o Senado nas eleições do ano que vem.
A informação, que já circulava nos bastidores, ilustrou parte de um texto de reportagem publicada ontem pelo Jornal O Globo.
Seif já se filiou ao PL, partido pilotado no Estado pelo senador Jorginho Mello, que se articula freneticamente para também ser ungido como candidato presidencial em solo catarinense. Mas a governador.

Apelidado de 06, tamanha sua proximidade com os Bolsonaros, Seif já prepara politicamente o terreno para a disputa. Ainda de acordo com O Globo, Mello e Seif discutiram a viabilidade da aliança durante as miniférias do presidente em São Francisco do Sul no Carnaval. Evidentemente que o ingresso de Jorge Seif no PL sinaliza claramente a proximidade de Mello com o presidente da República. Se Bolsonaro vai apoiar pública e explicitamente o projeto do senador ainda é cedo para se apostar. Mas os sinais são claros de que pelo menos nas internas ele já teria encaminhado muito bem a bênção presidencial.

Articulação nacional

A matéria publicada pelo periódico carioca é mais ampla do que a questão do Senado e do governo em Santa Catarina. O texto lista uma série de auxiliares próximos do presidente que estão sendo estimulados a disputar cargos nas duas Casas Legislativas no pleito do ano que vem. Tudo com vistas a fortalecer a base bolsonarista na eventual reeleição do inquilino do Palácio do Planalto.

Modus operandi

O paulista João Doria, que à base de factoides tenta se viabilizar como anti-Bolsonaro, está pegando carona na mesma linha. Incentiva alguns colaboradores próximos a disputar as eleições em outros estados. Outro catarinense está neste contexto. É Vinícius Lummertz, secretário de Turismo do Estado de São Paulo.

Espaço

Doria  sinaliza que gostaria de ver Lummertz concorrendo ao governo de Santa Catarina para lhe dar palanque. A outra opção seria também o Senado. Só falta agora combinar com os russos, que são os eleitores catarinenses; e com o PSDB local.

Até segunda ordem, os tucanos têm na figura de Gelson Merisio seu pré-candidato a governador. O ex-deputado tem o respaldo de outros dois nomes que poderiam pleitear espaço majoritário em 2022: Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma, e a deputada federal Geovania de Sá, que também tem base na cidade sulista.

Falta cancha

Neste contexto, portanto, Lummertz poderia sonhar, no máximo, com uma vaga para se candidatar ao Senado. Mas somente em caso de chapa pura!

Sem falar que o secretário de Turismo de Doria não tem histórico eleitoral. Só disputou uma eleição. Foi em 1996, quando chegou em quarto lugar na corrida pela prefeitura de Florianópolis, ano em que Angela Amin conquistou seu primeiro mandato de prefeita.

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