Uma das maiores festas de fé e de religiosidade de Santa Catarina reuniu milhares de fiéis neste fim de semana em Florianópolis. Realizada pela Irmandade Senhor dos Passos, a celebração dos católicos acontece desde 1766. Neste domingo (26), o governador Jorginho Mello acompanhou o encontro das imagens do Senhor dos Passos e da Nossa Senhora das Dores em frente à Catedral Metropolitana. Essa é a primeira procissão que o Jorginho Mello participa na condição de governador de Santa Catarina.
Devoto de Nossa Senhora Aparecida, o chefe do poder executivo estadual disse que o momento é de fé de agradecimentos. “Eu sempre participo das festividades religiosas e ver essa multidão com fé e juntos nessa procissão em Florianópolis me deixou muito contente”, reforçou o governador.
O cortejo saiu da Catedral, percorrendo ruas da região central. O encontro das imagens foi o ápice da procissão. Depois os fiéis seguiram caminhando até a Capela Menino Deus acompanhando as imagens. O governador carregou o pálio durante todo o trajeto.
O pálio (do latim pallium, manto) é um manto sustentado por quatro ou mais hastes sob o qual se conduz o Santíssimo Sacramento exposto no ostensório em procissões fora da igreja. A secretaria de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, também participou da cerimônia religiosa.
História da procissão
Há 257 anos, a procissão é realizada todos os anos, sempre 15 dias antes da Páscoa, e mobiliza os fiéis no cortejo pelas ruas do Centro de Florianópolis.
A festividade iniciou quando uma embarcação com destino a cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, atracou na Ilha do Desterro trazendo a imagem de Senhor Jesus dos Passos.
Após três tentativas de partida frustradas do navio, devido às fortes tempestades, a tripulação considerou que aquilo seria um sinal divino, que a imagem deveria permanecer na cidade.
A Procissão do Senhor dos Passos é Patrimônio Cultural Imaterial de Santa Catarina, conforme Decreto n° 2.504 de 2006, e também tem o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde setembro de 2018.