Jorginho Mello realizou em Brasília sua primeira rodada com o fórum parlamentar catarinense. Os três senadores e os 16 federais. Inclusive com os dois do PT. Pedro Uczai e Ana Paula Lima compareceram.
Uma rodada muito interessante porque sendo a primeira, foram tratados temas de prioridade para Santa Catarina.
Sobretudo na questão de infraestrutura, com as questões das rodovias federais, além de melhorias nos aeroportos regionais.
Carol de Toni, que coordena o Fórum, pilotou o encontro. Observou-se os senadores Esperidião Amin e Ivete Appel da Silveira conversando longamente. A senadora sucedeu Jorginho na Câmara Alta.
O ex-marido dela, Luiz Henrique da Silveira, derrotou Amin em duas eleições seguidas, 2002 e 2006. Eram adversários absolutos.
Sintonia por SC
Todos muito alinhados para defender os interesses de Santa Catarina. Ou seja, algo na linha do que se faz tradicionalmente no Nordeste e no Norte do país. Por isso, eles levam a maioria dos recursos. Não é apenas porque são os mais carentes.
Conhecimento de causa
Jorginho Mello ficou os últimos 12 anos no Fórum Parlamentar. Oito como deputado e quatro como senador. Ele, de alguma maneira, se diferencia muito de Moisés. Pela experiência política, evidentemente.
Ilusão
A cada dia, o governador deixa mais claro que não vai se distanciar de Jair Bolsonaro. Isso foi ilusão ou má-fé de alguns segmentos, que tentaram plantar essa versão.
Alto custo
Santa Catarina, vale pontuar, pagou a conta pela traição de Moisés. O estado não recebeu a atenção que deveria. Como Bolsonaro ficou pelo caminho e Jorginho foi eleito muito pela força do ex-presidente no estado, ele se mantém fiel. Mas vai, evidentemente, buscar um relacionamento saudável com governo Lula.
Interlocução
O governador catarinense tem se aproximado de interlocutores. Além do próprio Fórum Parlamentar, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e outra liderança que poderá auxiliar nos pleitos catarinenses junto ao governo federal.
Mexendo os pauzinhos
Além disso, antes de embarcar para o Distrito Federal, o governador já havia decidido se posicionar e indicar um dos dois cargos a que tem direito na diretoria do BRDE. O ex-prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubing, foi o escolhido.
Troca
Ele vai para a posição de Eduardo Pinho Moreira, ex-governador, do MDB. Agora em março, o emedebista iria assumir a presidência da agência de fomento. Há um rodízio entre os estados. Isso significa que Kleinubing não vai assumir apenas como diretor, mas já na função de presidente da instituição.
Avaliando
Na outra vaga, o governador ainda não definiu quem colocar. Mas vai tirar de lá o indicado de Moisés da Silva. É uma figura da relação do ex-governador.
Distância
JPK deixará o dia a dia da cidade de Blumenau, assumindo a presidência de um banco que atende os três estados do Sul. Vai ter que morar em Florianópolis, o que, naturalmente, o afasta do processo eleitoral de 2024 e da disputa pela prefeitura.
Jogo
Consequentemente, isso muda a sucessão blumenauense. João Paulo já estava em pré-campanha. Jorginho Mello o indicou olhando para o cenário eleitoral. Estaria o governador apostando tudo na candidatura de Ivan Naatz? O prefeito Mario Hildebrandt poderia indicar o vice? Ou será uma construção na direção da atual vice-prefeita, Maria Soar, do PSDB?
Força eleitoral
O pivô desse processo todo é o prefeito Mário, o grande eleitor do Vale do Itajaí, o maior colégio eleitoral do Estado.