Deputado Kennedy Nunes foi reeleito para a Alesc, em 2018, pelo PSD, depois do desembarque da sigla com anuência de Gilberto Kassab, presidente nacional dos pessedistas, encaminha sua filiação ao DEM do prefeito Gean Loureiro.
Figura carimbada
No meio do caminho, no entanto, surgiu o ex-deputado Roberto Jefferson, aquele que denunciou o mensalão de Lula da Silva e do PT lá em 2005. Para quem não lembra, foi o primeiro escândalo que veio à tona na longa lista da era PT no comando deste país.
Senado
Jefferson é o comandante nacional do PTB e acenou a Kennedy Nunes, não apenas com uma candidatura majoritária pela legenda, como também lhe outorgou o comando da sigla no território estadual.
Neste contexto, Kennedy é pré-candidato ao Senado e fechou acordo verbal, esta semana, com o senador Jorginho Mello, líder do PL catarinense e pré-candidato ao governo do Estado. Costura que passou, naturalmente, por Brasília.
Tríade de partidos
Jorginho, aliás, além de controlar o PL e agora contar com o PTB sob sua área de influência, também passou a comandar o Patriotas catarinense, guindando seu filho, o advogado Filipe Mello, ao posto de presidente estadual da sigla.
Patriotas que, salvo algum acidente de percurso, será o partido de Jair Bolsonaro para o projeto de reeleição em 2022.
Divisão na bancada
A esta altura do campeonato, junho de 2021, considerando-se que as eleições serão em outubro de 2022, a bancada do PL encontra-se dividida. O partido de Jorginho Mello elegeu três deputados: Marcius Machado, Maurício Eskudlark e Nilso Berlanda. De 2019 pra cá, a legenda agregou dois novos parlamentares: Ivan Naatz, egresso do PV, e Sargento Lima, que deixou as fileiras do PSL após posicionar-se para salvar o pescoço de Daniela Reinehr no primeiro processo de impeachment sofrido por Moisés da Silva e que incluía a figura da vice-governadora no pedido de cassação.
Janela
Ocorre que Berlanda e Eskudlark estão em sintonia com Moisés da Silva. E Marcius Machado começa a emitir sinais de que pode estar seguindo a mesma direção. Já quanto a Naatz e Lima, os dois sentaram na trincheira oposicionista. Na janela de março saberemos como ficará exatamente o tamanho e a força de partido no tabuleiro estadual com vistas ao pleito eleitoral.
foto>Leo Munhoz, ND, divulgação