O Poder Judiciário está absolutamente rachado. A segunda-feira, 1 de outubro, foi pródiga em movimentos de caráter eminentemente eleitoral por parte da turma da toga. Senão, vejamos. Ministro do STF, Ricardo Lewandowsky, concedeu, já na semana passada, o direito ao presidiário, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula da Silva, de coneder entrevista à Folha de S. Paulo, jornal eminentemente simpático ao PT.
O colega dele, Luiz Fux, entrou no circuito e impediu o arranjo durante o fim de semana. Mas eis que neste início de semana, faltando apenas seis dias para as eleições, o mesmo Lewandosky – aquele que lá em 2016 foi favorável à cassação de Dilma Rousseff, mas preservou os direitos políticos dela, e somente por isso ela concorre ao Senado em Minas Gerais – voltou à carga e permitiu a entrevista. Para o bem da Democracia, o presidente do STF, Dias Toffoli, entrou no circuito, já na noite de segunda-feira, e acabou com a farra. Determinou que valia a liminar de Fux, proibindo a escandalosa entrevista.
Bola-de-cristal
Curiosamente, a colunista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo, escancaradamente esquerdista, já estava em Curitiba para fazer logo a entrevista com Lula da Silva. Como ela adivinhou que poderia haver decisão judicial liberando o papo “jornalístico” com o presidiário, é mais um dos tantos mistérios que envolvem o PT, o Judiciário e parte da mídia golpista.
Contra-ataque
Neste embalo todo, o juiz Sérgio Moro retirou o sigilo sobre a delação de Antônio Palocci, ex-número três da organização petista. Evidentemente que para dar uma equilibrada no jogo. Agora Lula da Silva certamente não deseja dar mais entrevista, na medida em que a pauta dela passaria a convergir para a enorme repercussão das estarrecedoras revelações do ex-amigo e comparsa de Lula e Dirceu. A podridão pilotada por Lula e Dilma parece não ter fim.
Mazelas
Ao fim e ao cabo, o Judiciário escancarou suas mazelas e a divisão interna em meio à reta final das eleições. Tudo isso aí, registre-se, num contexto passível de exercer influência junto ao eleitorado!
Reação
Alvo recente de divulgação de informações que falam em suposto enriquecimento ilícito e ocultação de patrimônio, o candidato a governador Gelson Merisio, do PSD, reagiu. Divulgou uma nota explicando sua relação com a empresa Mang (iniciais familiares) Participações e Agropecária Ltda, e a migração patrimonial envolvendo sua família. O texto assegura que não há nada errado nas operações e lamenta “que na reta final de campanha, sejam construídas histórias mentirosas para prejudicar a imagem e a idoneidade de Merisio e de sua família.”
Fogo inimigo
Uma das denúncias partiu pelo advogado Irio Grolli, do MDB de Chapecó, notório e ferrenho adversário político do candidato pessedista. Ao questionar o patrimônio de Gelson Merisio, ele provocou um procedimento preparatório do Ministério Público para avaliar o caso. A iniciativa de Grolli tem sido amplamente difundida nas redes sociais, com um viés de acusação ao candidato do partido adversário ao dele.
Foco
Na reta final da campanha, a coligação “Santa Catarina Quer Mais” prioriza a agenda de compromissos com atividades que possibilitem o contato direto com os eleitores dos grandes centros urbanos. Enquanto o candidato ao governo, Mauro Mariani, se concentra na região de Joinville, o vice Napoleão Bernardes percorreu, nessa terça-feira, a Grande Florianópolis, passando pelas cidades de Florianópolis, Palhoça e São José, ao lado do senador Paulo Bauer, candidato à reeleição.