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Juíza revoga prisão de Julio Garcia, mas impõe restrições

Juíza Janaína Cassol Machado acaba de revogar a prisão preventiva do deputado Julio Garcia. A magistrada acata, assim, a manifestação do plenário da Assembleia, de quarta-feira, quando os deputados se posicionaram pela revogação do mandado expedida pela própria Janaina. Contudo, o despacho impõe várias restrições a Garcia, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de de sair do município e do país, dentre outras. Confira a nota à imprensa.
“Comunicado à Imprensa
A juíza Janaina Cassol Machado, da 1ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis, proferiu hoje (04/02/2021, 20h12) decisão em que revoga a ordem de prisão preventiva expedida contra o deputado estadual Julio Cesar Garcia, investigado no âmbito das operações Alcatraz e Hemorragia, da Polícia Federal. A magistrada considerou a deliberação da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), que comunicou ao Juízo, nesta data, a decisão do plenário pela revogação da prisão, tomada ontem (03/02/2021).
A magistrada manteve as medidas cautelares de suspensão do mandato eletivo, com afastamento do cargo de deputado estadual. Estabeleceu, também, as seguintes condições:
a) recolhimento noturno na residência do investigado, em períodos de folga, tanto em dias de semana quanto aos os fins de semana, no período entre as 20h30min e as 06h30min
b) proibição de contato, direto ou indireto, assim entendido contato via telefone ou pessoalmente, por interposta pessoa ou qualquer outro meio  (e-mail, aplicativos, redes sociais, etc), com investigados, familiares investigados, testemunhas e outros membros da organização criminosa, inclusive proibição de frequentar as empresas investigadas, a exemplo da Apporti;
c) proibição de ausentar-se do país, com a devida entrega de passaporte;
d) proibição de ausentar-se do município onde reside;
e) proibição de mudar de residência sem prévia permissão deste Juízo;
f) comparecimento trimestral em juízo para justificar suas atividades;
g) comparecimento perante a autoridade, todas as vezes em que vier a ser intimado para os demais atos do inquérito e de eventual instrução criminal e julgamento;
h) fornecimento de número de telefone móvel, de uso exclusivo; e
i) uso de tornozeleira eletrônica.
Na fundamentação, a juíza citou entendimento do Supremo Tribunal Federal, no sentido de que “eventual deferimento de medidas cautelares pessoais não demandará comunicação à Assembléia Legislativa, tampouco estará sujeita a análise por aquela casa, sujeitando-se tão somente ao duplo grau de jurisdição. Esse entendimento foi mantido pelas liminares indeferidas nos autos das Reclamações 45.610/SC e 45.631/SC”.’