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Juízo no presente para mais competitividade no futuro

Carlos Rodolfo Schneider, empresário, um dos idealizadores do Movimento Brasil Eficiente (BEM), membro do Conselho Superior de Economia da Fiesp e do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal).

 

Crescimento depende da competitividade da economia. Por isso, são fundamentais os esforços, nos últimos anos, para melhorar o ambiente de negócios, e mais ainda, a consciência do muito que ainda há por fazer, especialmente as reformas micro e macroeconômicas.
O atraso na implementação das medidas necessárias acaba impactando fortemente a produtividade. O Brasil não consegue acompanhar o crescimento de seus pares, como China e Índia, muito menos dos países desenvolvidos por essa razão.
O Observatório da Produtividade, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas, levantou que a produtividade do trabalhador brasileiro por hora trabalhada vem caindo 0,4% ao ano, desde 2013. Também alerta que para aumentar a renda da população é essencial melhorar a produtividade. Os estímulos casuais do consumo, que temos visto nos últimos anos, permitem apenas recuperações cíclicas Crescimento sustentado depende de investimentos, em níveis adequados e regulares. São eles que permitirão o crescimento da produtividade e do PIB potencial.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destaca a importância de reformas para estimular o crescimento econômico. O brasileiro Otaviano Canuto, diretor do Center for Macroeconomics and Development em Washington, também alerta que “o Brasil tem um problema estrutural que é a combinação entre a anemia da produtividade e a obesidade do setor público”. Recomenda gastar menos em emendas parlamentares, em remuneração do setor público e em benefícios fiscais, reconfigurando o gasto público.
A escolha é nossa e a pressa é nossa. Mais juízo no presente para colhermos no futuro, ou menos responsabilidade no presente e conta alta para pagar. Senso de urgência, que abandonamos há muito, faz parte da fórmula.

 

Por Carlos Rodolfo Schneider, empresário, um dos idealizadores do Movimento Brasil Eficiente (BEM), membro do Conselho Superior de Economia da Fiesp e do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal).