Causou profunda indignação tanto na coligação do União Brasil com o PSD como na frente de esquerda liderada pelo PT, o encontro, com direito a foto e declarações de apoio, do senador Dário Berger (PSB) com o deputado Julio Garcia (PSD-foto). Os dois são candidatos à reeleição.
Nas fileiras do PSD, o questionamento é sobre o apoio ao ex-governador Raimundo Colombo, candidato ao Senado.
Dário Berger disputa a reeleição na chapa de Décio Lima, candidato ao governo pelo PT. E apoia um candidato do PSD, partido coligado com o União Brasil, que também tem candidato ao governo que, assim como Décio, almeja uma vaga no segundo turno da eleição estadual. Virou bagunça, pra não dizer outra coisa.
Importante pontuar que esta semana, o PSOL e a Rede, que lançaram o vereador Afrânio Boppré ao Senado, ficaram sentados esperando Décio Lima no diretório do partido. O petista não apareceu para receber o apoio o grupo, verbalizado mesmo assim.
O postulante vermelho ao governo catarinense deixou a turma esperando sentada por exigência de Dário Berger, que vê a cada dia como mais remotas suas chances de reeleição à Câmara Alta.
Da parte de Julio Garcia há ainda outro componente. O irmão de Dário Berger, ex-deputado Djalma Berger, é candidato a deputado federal novamente. Concorre diretamente e na mesma base de Paulo Bornhausen, que leva mais uma estocada do correligionário Julio Garcia. No Sul, o deputado estadual fecha com Ricardo Guidi, federal do PSD que tenta a reeleição.
Ao fim e ao cabo, é patente o desespero de Julio Garcia na busca por novo mandato parlamentar. A delação do empresário Jaime de Paula, que já se comprometeu a devolver quase R$ 100 milhões aos cofres públicos, atinge em cheio o ex-presidente da Alesc.
Resta saber, ainda, como Jorge Bornhausen, pai de Paulo, está vendo isso tudo. Não custa lembrar que foi JKB quem deu a primeira grande oportunidade na vida pública a Julio Garcia. Isso lá na década de 70, quando Bornhausen pai presidia o Besc durante o governo Konder Reis!
foto>Ag. Alesc, arquivo, divulgação