Sem titubear. Foi assim, bem ao seu estilo, que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, respondeu às perguntas da imprensa em sua passagem por Florianópolis na sexta-feira.
O dirigente descartou apoio do partido ao projeto de reeleição de Moisés da Silva – o PSD é governo, sobretudo pela forte influência do deputado Julio Garcia – e assinalou que terá candidatura presidencial: “Nosso plano A, B e C é a candidatura a presidente do senador Rodrigo Pacheco.”
Em Santa Catarina, o mais novo presidenciável brasileiro terá palanque, de acordo com o Kassab. Ele citou quatro nomes como pré-candidatos ao governo: Raimundo Colombo, Napoleão Bernardes, João Rodrigues. Até aí, tudo bem, o trio reúne, por assim dizer, as condições mínimas para um projeto estadualizado.
Ninguém entendeu, contudo, a citação ao nome da ex-prefeita de São José, Adeliana Dal Pont. Apesar de ter cumprido dois mandatos à frente do município, Adeliana é uma figura política da Grande Florianópolis. Não tem liderança e tamanho suficientes para se imaginar disputando o governo catarinense. Não conta sequer com o apoio do seu correligionário e sucessor, Orvino Coelho de Ávila, a quem ela apoiou na eleição municipal. Ele já declarou que apoia o senador Dário Berger (que ainda luta para ser o candidato do MDB).
Noves fora esse escorregão, Kassab também falou sobre a relação de proximidade entre João Rodrigues e Jair Bolsonaro, o líder das intenções de voto no estado. E descartou apoio a Moisés da Silva em 2022. “Não participei de nenhuma conversa sobre esse assunto,” emendou ele.
“Até admito (em caso de candidatura de João Rodrigues) que eleitores votem nele e no presidente Bolsonaro, mas o PSD, a coluna dorsal, estará alinhado à candidatura do senador Rodrigo Pacheco,” projetou ele.
Ou seja, embora o blog considere que João Rodrigues não é candidato a governador, se ele realmente conquistar essa condição internamente, não poderá fazer campanha aberta e colada com o atual presidente. Gilberto Kassab já deu o recado, enquadrando o oestino!