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Laguna: investimento de R$ 800 milhões em eólica

Um dos maiores investimentos da iniciativa privada na história do município de Laguna deverá ter início ainda neste ano. Pelo menos é o que preveem diretores do Grupo Open, de Porto Alegre, e da RDS, de Florianópolis. Ambos, são voltados ao mercado de produção de energias eólicas e fotovoltaicas. Os representantes da empresa gaúcha, por exemplo, estão habilitados para o próximo leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no fim de março. Este leilão iria ocorrer em janeiro, mas foi prorrogado. “Foi até melhor para nós. Assim, temos mais tempo para finalizar os últimos detalhes do projeto”, revela o engenheiro Leo Riffel, do Grupo Open, que planeja a instalação de 65 aerogeradores na região da Madre, a um custo inicial de R$ 800 milhões. A companhia catarinense tem pretensões ainda mais ousadas: injetar 2,4 bilhões na construção de um complexo com 249 torres.

62 Siemens-Windenergieanlagen des Typs SWT-2.3-101 drehen sich hier im Windpark West Wind nahe Wellington in Neuseeland. Aufgrund konstanter Windbedingungen und hoher Windgeschwindigkeiten eignet sich Neuseeland bestens für die Realisierung von Windenergieprojekten. West Wind ist der erste Windpark in Neuseeland, den Siemens im Oktober 2009 in Betrieb nahm. 62 Siemens wind turbines of the type SWT-2.3-101 turn here in the wind park West Wind near Wellington in New Zealand. The consistently strong wind speeds in New Zealand make the country ideal for wind power plants. West Wind is the first wind power plant Siemens commissioned in October 2009.

Como há ventos disponíveis para todos em terras lagunenses, como apontam pesquisas de técnicos das próprias empresas, existe a possibilidade das duas atuar na cidade. No entanto, o grupo porto-alegrense está com mais chances de colocar o projeto de uma vez por todas em prática, devido à habilitação no leilão federal. Nesta quinta-feira (21), o diretor-executivo da RDS, Rodrigo Nereu dos Santos, e Riffel, participaram de uma reunião com o prefeito Everaldo dos Santos. Eles foram atualizar as informações a respeito dessas tratativas burocráticas e reforçar a intenção de investir em Laguna e aproveitar o famoso ‘nordestão’, muito presente em praticamente 300 dos 365 dias do ano.
Toda esta injeção na economia do município e de Santa Catarina, que se tornaria uma referência no quesito produção de energias limpas – o Rio Grande do Norte é a grande potência da atualidade -, já foi pauta de um encontro entre o governador Raimundo Colombo, quatro prefeitos da Amurel e representantes das companhias, há pouco menos de quatro meses, na capital barriga-verde. Foi uma reunião articulada pelo prefeito de Laguna, que conseguiu mobilizar os chefes dos executivos de Tubarão, Olavio Falchetti; de Capivari de Baixo, Moacir Rabelo; e de Jaguaruna, Luiz Arnaldo Napoli, no apoio à instalação dos complexos eólicos, o que proporcionaria o desenvolvimento
de toda a região e a criação de mão de obra. “Notamos que o governador ficou bem interessado, já que o empreendimento terá reflexos em várias cidades do Sul do Estado, além de resultar em melhorias na infraestrutura local, claro, em cooperação com o poder público”, destaca Riffel. Para que o parque de produção de energia por meio da força dos ventos possa ser instalado, é necessária a abertura e alargamento de algumas estradas, e a construção de pontes, que seriam custeadas pela iniciativa privada. Tudo isso para que o material essencial à obra das torres seja levado até o complexo, na região da Madre, em Laguna – ponto de divisa entre os quatro municípios
citados. Somente as hélices desses aerogeradores têm 55 metros.

laguna eólica 2Pelo projeto do Grupo Open, serão gerados cerca 800 empregos diretos no período de implantação. Após a conclusão, 150 funcionários serão mantidos. “Irá gerar vagas de trabalho, melhorar a questão da mobilidade urbana e fomentar o setor turístico”, prospecta Everaldo. Hoje, a geração da energia a partir dos ventos no Estado está concentrada em Água Doce e Bom Jardim da Serra, no Oeste e na região
Serrana, onde estão localizados os 15 maiores parques. Mas é em Laguna que os ventos têm mais força e frequência. O potencial produzido pela empresa gaúcha na Cidade Juliana seria de 700 MW por ano, o que corresponde a um município com 1,2 milhão de habitantes. Portanto, a expectativa é participar deste leilão e já colocar o parque em operação no segundo semestre de 2017.

Fotos: divulgação

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