“Facioli Chedid: Adversidades, aventuras e realizações” é o título do livro que será lançado nesta sexta-feira (24), às 18h30, no Tribunal Regional do Trabalho – TRT 12º, na rua Esteves Júnior, 395, centro de Florianópolis. A obra, de autoria de José Ernesto Manzi, presidente do TRT 12ª região, e editado pelo advogado Luiz Fernando de Queiroz, publisher da Editora Bonijuris, é definida como uma “coleção de histórias e estórias”, mais do que uma biografia, propriamente dita, sobre o desembargador já aposentado Antonio Carlos Facioli Chedid.
Natural de Vacaria, no Rio Grande do Sul, Chedid nasceu em setembro de 1943. “Um dia, Chedid brincou que eu ainda escreveria sua biografia. Inspirado num fim de semana, escrevi duas dezenas de páginas, com os fatos que haviam me despertado mais curiosidade, enfeitando aqui e acolá com algum detalhe. E vieram mais dados, mais mensagens, mais contribuições para fermentar e temperar o trabalho inicial. De qualquer modo, jamais imaginei que tudo viraria um livro. No máximo, imaginava juntar um monte de laudas, organizar de algum modo, colocar em uma pasta e entregar ao homenageado”, explica Manzi.
Segundo o autor, durante o processo de escrita, ele ficou cada vez mais fascinado e curioso com o personagem. “Assim, o número de páginas foi aumentando por si só, como se criassem vida própria. E assim nasceu esta homenagem ao Chedid e também um pouco de diversão para seus amigos, e, para todos nós, um lembrete para não nos olvidarmos de que a vida pode nos maltratar, pode nos desafiar, pode nos acariciar ou pode nos ferir, mas não há outra forma de descobrirmos nossas capacidades, nossos valores e o nosso limite para sermos mais resilientes, tolerantes e sábios, nestes tempos de tanta fragilidade, intolerância e superficialidade.”
Lançada pela Haus (agência in-house da Editora Bonijuris, de Curitiba), o livro aborda a trajetória de Chedid. Vidas boas dão histórias ruins, desinteressantes. Vidas sofridas, aventuras e desventuras, sejam para viver, sejam para sobreviver, dão ótimas histórias. Esse é o caso da trajetória do desembargador, uma vida marcada por adversidades, aventuras e realizações, principalmente pela capacidade de não se deixar abater pelas derrotas ou se envaidecer pelo sucesso.
O garoto nasceu em família rica, mas foi barrado de entrar no colégio, ainda no primário, por falta de pagamento, após seu pai perder todo o sustento da família em jogos de azar. Ainda muito jovem, foi ganhar a vida como vaqueiro, jogador de bilhar, depois motorista de táxi, serviu o exército e, por um erro, se tornou prisioneiro político.
Começou na Justiça como porteiro de auditório, com ensino fundamental incompleto, já adulto retornou aos estudos, se formou em direito e chegou a desembargador, após ser juiz de direito e juiz do trabalho, sem nunca perder a autenticidade e a humildade que separa os nobres dos esnobes. Amante de aventuras, viajou do Ushuaia ao Alasca em sua uma potente motocicleta Honda, aprendeu a pilotar e há mais de 40 anos tem seu próprio avião, o monomotor PT-NUS. Aqui, os fatos vividos, por serem baseados na realidade e não na criatividade, salvo aqui e acolá, trazem lições inolvidáveis de superação para todos nós.
