Blog do Prisco
Coluna do dia

Leite ganha musculatura

Os tucanos catarinenses podem ter feito a escolha certa ao concentrar seu apoio e atenção internas ao governador gaúcho Eduardo Leite, que vai disputar as prévias do partido para definir o pré-candidato do PSDB à Presidência.

Exceção feita a Vinicius Lummertz, secretário de Turismo de São Paulo, estado governado por João Doria, os demais tucanos emplumados de Santa Catarina estão com o vizinho gaúcho. Doria ficou na estrada em terras catarinenses.

O primeiro raciocínio era de que o senador Tasso Jereissati e o prefeito de Manaus, Arhtur Virgílio, poderiam já fechar com Eduardo Leite logo de cara, estabelecendo a queda-de-braço com Doria nas prévias de outubro.

Ocorre, contudo, que, observando o cenário, foi possível perceber que a estratégia mais inteligente seria manter os nomes de Tasso e Virgílio no cenário. O primeiro angaria votos preciosos no Nordeste e o segundo no Norte do país.

 

Mineiramente

Aécio Neves, que já governou Minas Gerais e chegou ao segundo turno contra Dilma Rousseff em 2014, já conseguiu o apoio dos mineiros a Eduardo Leite.

 

Em casa

Evidentemente que o governador gaúcho tem os tucanos do Rio Grande ao seu lado, bem como os catarinenses. Para fechar o Sul, faltam acertar detalhes com o PSDB do Paraná.

 

Barreiras

Neste cenário, a manutenção das candidaturas de Tasso e Arthur Virgílio evitaria que João Doria conquiste apoios estratégicos no Norte e Nordeste do Brasil no primeiro turno. No segundo, a dupla transferiria votos preciosos destas duas regiões para Leite, hoje com melhores perspectivas que eles para chegar a grande final.

 

Brete paulista

O contexto aponta para um Doria encurralado politicamente, igual rato em guampa. Ele já fez toda a organização em São Paulo, onde ele é estupendamente reprovado, para que seu vice, que saiu do DEM, assinasse ficha no PSDB.

 

Pulando fora

Movimento que gerou a defecção de Geraldo Alckmin do ninho. O ex-governador é um dos fundadores nacionais do partido, mas já avisou que não vai permanecer nas fileiras tucanas. Deve buscar abrigo na sigla que nasce da fusão DEM/PSL ou ainda no PSD.

 

Sem saída

E agora, João Doria? Como ficamos? Ele lançou o vice ao governo de São Paulo, mas o corre o risco de perder a indicação para disputar a presidência? Vai ficar a ver navios?

Será que o governador vai desmobilizar o projeto de seu vice e partir para uma chapa pura, num repeteco de 2018, submetendo o vice a nova empreitada na sua própria sombra?

 

Realidade

Este é o quadro. Aquilo que outrora soou inimaginável, começa a ganhar contornos de realidade: Doria batido pelo gaúcho Eduardo Leite na disputa interna do PSDB nacional com vistas ao pleito de 2022.

 

Rabaiolli renuncia

O empresário Ari Rabaiolli vai renunciar à presidência da Fetrancesc, ao comando do SEST/Senat e à presidência da Transpocred, as três entidades presididas por ele em Santa Catarina. Recém filiado ao PL, ele vai dedicar-se integralmente ao projeto eleitoral. Rabaiolli é pré-candidato a deputado federal.

Ele está com o pé na estrada, cumprindo extensa agenda política. Já esteve em Criciúma, Concórdia, Chapecó, Catanduvas, Videira e Lages.

Na pauta, visitas a empresas e reuniões com empresários. Raibaiolli está empunhando a bandeira da defesa do setor produtivo catarinense.