Coluna do dia

Liberdade, mas com tornozeleira

Liberdade, mas com tornozeleira

Dois fatos políticos marcantes e recentes. A decisão da Câmara Criminal do TJSC que liberou o prefeito afastado de Tubarão, Joares Ponticelli (PP). O político será monitorado por tornozeleira eletrônica. Diferentemente de Antônio Ceron, de Lages, não se trata de prisão domiciliar.
O sulista poderá abraçar outras atividades profissionais. Está impedido, contudo, de retornar à prefeitura por 180 dias, quando a Câmara do Tribunal de Justiça vai reavaliar a situação. Lá na última semana de dezembro.
Ponticelli também não pode interagir com figuras envolvidas na Operação Mensageiro.
Curioso é que Ceron encontra-se em casa e Ponticelli está livre, apesar da tornozeleira.
E os outros 14 prefeitos alcançados pela Operação Mensageiro? Será coincidência o fato deles administrarem cidades pequenas? Os dois de grandes municípios estão com a vida mais mansa, digamos assim.
Pelo menos estão em liberdade. Se foi só uma decisão técnica do Judiciário por conta de advogados bem preparados e bem pagos ou se tivemos influências externas nestes casos fica para reflexão de cada leitor.

Pagando pra ver

Outro tema importante foi a decisão do deputado federal Ricardo Guidi. Ele vai preencher a última secretaria que faltava e estava vaga no governo estadual. Responderá pelo Meio Ambiente e Economia Verde. Tem tudo a ver com Criciúma e a região carbonífera.
Guidi pagou para ver. As provocações advindas de lideranças de seu partido foram as mais variadas.

Sorrisos

Na última semana, por exemplo, o deputado Julio Garcia apareceu que era só sorrisos participando de inaugurações ao lado de Clésio Salvaro. O prefeito já se filiou ao PSD. Na imagem, também muito sorridente, estava o pré-candidato Arleu da Silveira, que se filiará ao PSD no ano que vem.

À própria sorte

Evidentemente que o deputado federal, que é presidente do partido na cidade, foi abandonado pelo partido. Sequer foi convidado para o evento.

Estômago

O parlamentar teve que tomar um Plasil e participou da grande reunião partidária que marcou a filiação do prefeito de Criciúma no dia 26 de junho.

Caciques

Estavam presentes o presidente nacional, Gilberto Kassab; e Jorge Bornhausen entre outras lideranças. Muito bem. Ocorre que Salvaro só será opção majoritária pelo PSD em 2026 se fizer o sucessor.

Pedra no sapato

É aí que entra Ricardo Guidi. Ele pagou para ver porque se sabe que, nos bastidores, exigiram que ele se licenciasse do PSD para aceitar o convite. Evidentemente que ele não se afastará do partido.

Cara de paisagem

Já a cúpula pessedista não pagou para ver. Apenas soltou uma nota dizendo que, vejam só, a legenda é independente em relação ao governo Jorginho Mello e ao de Lula da Silva. Aqui no estado, ok. Mas no plano nacional? Kassab, que aqui esteve, indicou três m ministros do atual governo federal. Em SC, no entanto, a sigla é independente. Aham.

Marcha à ré

Parece que algumas lideranças pessedistas estão desaprendendo. Já há o desgaste com o Antônio Ceron em Lages. Guidi, muito provavelmente, deverá ser candidato a prefeito de Criciúma. Mas pelo PL e com apoio do governador.

Raízes

Seu pai, o falecido Altair Guidi, foi duas vezes prefeito da cidade. O deputado terá o apoio dos outros dois federais do PL criciumense: Julia Zanatta, sua prima, e Daniel Freitas, além de Geovania de Sá, que está no exercício do mandato de deputada pela federação PSDB-Cidadania em função da investidura de Carmen Zanotto na Secretaria de Estado da Saúde.

Perseguição

A conferir os próximos movimentos. O que já é cristalino é fato de Ricardo Guidi ter belos argumentos para se desvincular o PSD sem a perda do mandato.
Ele acabou encurralado pela direção estadual de seu próprio partido quando se constituía no nome natural para a sucessão em Criciúma, mas resolveram trazer alguém de fora para lançar como candidato. Sem sequer conversarem com o parlamentar a respeito!

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