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Lira em 21 é Bolsonaro em 22

Em Brasília, mesmo com votos secretos de deputados e senadores, deu a lógica que impulsiona a máquina da política nacional: poder. Assim, os candidatos governistas Arthur Lira (PP) na Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM) no Senado foram eleitos para comandar as duas Casas Legislativas pelos próximos dois anos.

Período que inclui o ano eleitoral de 2022. Jair Bolsonaro apostou alto, liberou cargos, emendas etc e tal (nenhuma novidade, todos os seus antecessores agiram assim, incluindo os petistas Lula da Silva e Dilma Rouseff) e fez barba, cabelo e bigode no Congresso.
O consórcio de partidos formado para apoiar Lira (formalmente ele foi respaldado por 11 legendas, somando-se às defecções de DEM, Cidadania e por aí vai na undécima hora) tem como pano de fundo o apoio ao projeto de reeleição do presidente da República no ano que vem.

O Legislativo Federal tem um sistema extremamente presidencialista. Os presidentes das Casas Legislativas detêm enorme poder. Além de pautar ou não questões como impeachment, eles, literalmente, pautam ou não, os projetos de interesses do Palácio do Planalto.

Perdeu, Botafogo

Rodrigo Maia, o deputado que sonhou em disputar a Presidência da República, sai esfacelado de outra presidência, a da Câmara. Seus quase cinco anos de mandato o tornaram uma das figuras mais detestadas da República devido à péssima condução. Maia foi ao extremo do fisiologismo, da picuinha política, do oportunismo para tentar se estabelecer no tabuleiro de 2022. Quebrou, literalmente, a cara. Botafogo, como ele era conhecido nas planilhas da Odebrecht, caiu esperneando. E não deixará saudades.

Musculatura

Já o correligionário de Maia, Davi Alcolumbre, que pilotou o Senado nos últimos dois anos, fez o caminho inverso de Maia. Politicamente falando, pois, sua atuação em relação às pautas de interesse do país também deixou muito a desejar. Agora, na reta final da eleição interna na Câmara Alta, ele fez os movimentos corretos, alinhou-se a Bolsonaro e emplacou o sucessor, Rodrigo Pacheco, também do DEM. Alcolumbre, assim, manterá influência e prestígio no Senado.

Papelão do MDB

No Senado, o MDB foi o MDB em sua essência. Liderado por Eduardo Braga, o partido retirou apoio à sua correligionária e excelente nome que concorria à presidência da Casa, Simone Tebet.

Tudo para seguir sonhando com a primeira vice-presidência do Senado. Que papelão. Esse é o MDB fisiológico, sem vergonha que, no plano nacional, não vale absolutamente nada!

Perfil

Arthur Lira tem 51 anos e está no terceiro mandato de deputado federal. Empresário, agropecuarista e bacharel em Direito, Lira iniciou a vida pública em 1993, quando se elegeu vereador em Maceió. Antes de chegar à Câmara, também foi deputado estadual em Alagoas. É filho do atual prefeito de Barra de São Miguel (AL), o ex-senador Benedito de Lira.

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