A deputada Luciane Carminatti (PT/SC) criticou a proposta de Reforma Tributária do ministro Paulo Guedes, de apenas simplificar os impostos sobre o consumo, criando uma alíquota de 12% para todos os bens serviços, menos para as entidades financeiras, para quem não chegará a 6%.
“A proposta do governo Federal é isentar banqueiros e taxar livros, somos totalmente contrários, porque não se preocupa em distribuir renda, não mexe com o imposto de renda, da propriedade ou sobre grandes fortunas.” Ela afirmou que não dá para defender qualquer reforma dizendo que o brasileiro paga muito imposto porque, na verdade, isso só ocorre com pobre, trabalhador e classe média.
Segundo Luciane, 40% do financiamento dos estados dos países desenvolvidos vem da tributação sobre a renda e a propriedade. No Brasil não chega a 24%. Aqui, 48% dos impostos são cobrados sobre o consumo, enquanto a média dos países da OCDE é 32%.
“Na prática, quer dizer que o peso recai nos ombros da classe média e dos mais pobres e contribui muito para a concentração de renda. “Enquanto os mais pobres gastam 1/3 do que ganham com impostos, os mais ricos gastam apenas 1/5.”
Para a parlamentar, o país precisa de um imposto sobre herança no estilo do americano, para incentivar que as pessoas, ainda em vida, utilizem seus patrimônios “em algo positivo para a sociedade”, pondo fim ao atual sistema de reprodução das desigualdades, que garante como milionárias, as próximas cinco gerações de uma mesma família.