A deputada Luciane Carminatti disse hoje, no plenário da Alesc, que Santa Catarina não é mais a mesma depois que a população levou Décio Lima e Bia Vargas para o segundo turno da disputa pelo governo do Estado. “Mostramos que SC está maior e a parcela que se incomoda em viver em um dos estados mais ricos e desenvolvidos do país, sem que alcance todas as famílias catarinenses, não para de crescer.”
Segundo ela, no movimento lindo de campanha, de abraços trocados, olhares e de esperança, Lula foi eleito presidente. “Passadas as comemorações estou com uma sensação de alívio porque olho para o orçamento de 2023 e não vejo mais os cortes, mas um grupo de transição preocupado em reverter esta política para investimentos nas áreas prioritárias para o futuro do nosso país como é a educação, ações e programas que não cabem no teto de gastos. Precisamos rever salário mínimo com inflação e aumento real, o valor do Bolsa Família, a tabela do Imposto de Renda e recuperar as políticas públicas de estado.”
A deputada Luciane salientou o quanto é assustador o orçamento que o atual presidente da República está deixando para o Congresso Nacional. O projeto Caminhos da Escola, responsável pela aquisição de ônibus escolares, foi reduzido de R$ 10 milhões para R$ 450 mil, um corte de 96%. “Isto dá para comprar dois ônibus em todo o país.” Para as creches o valor total no orçamento do presidente que perdeu as eleições caiu de R$ 100 milhões para R$ 2,5 milhões, suficiente para construir apenas uma única creche.
“E tem gente que ainda insiste em não entender que este governo perdeu as eleições porque não cansou de dar motivos”, comentou.
Luciane afirmou que em SC a maioria decidiu por um candidato que não era o dela, mas que, diferente de muitos, respeitou a decisão do povo, das urnas. “Não estou bloqueando rodovias, distribuindo notícias falsas, pedindo intervenção militar, nem causando prejuízos à democracia e à economia.” Ela destacou que só na agropecuária, a estimativa é de perdas de R$ 144 milhões causadas pelos bloqueios golpistas.
“Estou aqui para, ao invés de fechar, abrir diálogo com o próximo governo estadual, porque temos avanços a construir e retrocessos a reparar, como é o caso dos 14% de confisco às aposentadorias, revisão prometida pelo candidato eleito, reajuste dos profissionais da educação, fila de espera das cirurgias eletivas, recuperação das rodovias, entre tantos outros compromissos pelos quais continuaremos trabalhando.”
Foto: Bruno Collaço/Agência AL
