O ex-mito Lula da Silva foi arrolado como testemunha de defesa do lobista Alexandre Paes Santos, o APS, que está preso por suposto envolvimento escândalo das medidas provisórias que o governo federal teria vendido, em troca de propina, para beneficiar o setor automotivo quando o ex-metalúrgico ainda era presidente da República. Um das MP’s foi articulada já no governo da ex-mãe do PAC.
Quem autorizou a intimação do petista foi o juiz Vallisney de Souza Oliveira, de Brasília. Ele é o magistrado responsável pela ação penal originada no âmbito da Operação Zelotes, da Polícia Federal.
A ação penal mira 16 pessoas, acusadas pelo Ministério Público Federal de atuar num esquema de lobby e pagamento de propina para viabilizar as medidas provisórias, que favoreceram empresas do setor automotivo com benefícios fiscais. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo em outubro do ano passado.
O fundador do PT respondia pela presidência quando duas MP’s – 471/2009 e 512/2010 – foram editadas. Polícia e Ministério Público suspeitam que um dos filhos do petista, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, tenha recebido recursos relacionados a uma terceira norma, a MP 627/2013, assinada pela presidente Dilma Rousseff. Uma das empresas de Luís Cláudio, a LFT Marketing Esportivo, recebeu pagamentos de R$ 2,5 milhões, entre 2014 e 2015, de uma das empresas denunciadas por pagar propina no esquema. Nos bastidores, as informações revelam que o Natal e a virada de ano da família Lula foi tenso. O cerco se fecha.
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