O texto e as informações são do Jornal Gazeta do Povo
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizou a estrutura ministerial do governo para influenciar na decisão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de emprestar US$ 7,5 bilhões à Argentina, que enfrenta uma grave crise financeira. Lula pressionou a ministra Simone Tebet, do Planejamento, a autorizar uma operação de US$ 1 bilhão do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) mesmo com o país vizinho sem crédito, e dar vantagem ao candidato do governo argentino na eleição presidencial deste ano, Sergio Massa, sobre o principal concorrente, o libertário Javier Milei, que vem crescendo nas pesquisas.
A operação foi revelada nesta quarta (4) pelo jornal O Estado de São Paulo. À Gazeta do Povo, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República informou que o conteúdo da reportagem não procede.
Segundo a apuração, Lula teria pressionado a ministra Simone Tebet, do Planejamento, a aprovar uma operação de US$ 1 bilhão à Argentina no CAF, do qual é governadora pelo Brasil. O país tem 37,3% de participação na instituição e maior peso de influência nas decisões.
Como a Argentina já havia atingido o limite de crédito no CAF, um novo acesso a recursos não poderia ser feito. No entanto, com o aval de Tebet após pressão de Lula, a maioria dos países-membros aprovou a medida – exceto o Peru. Assim, a intervenção do presidente com o “empréstimo-ponte” garantiu a transferência direta de US$ 7,5 bilhões do FMI em nome da Argentina.
Pouco depois da publicação da reportagem, Tebet negou a pressão e disse que sua secretária encarregada informou que “os demais países do banco votariam a favor”.
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) também veio a público, no começo da tarde, para negar a interferência de Lula na decisão do banco.”
Foto: Juan Ignacio Roncoroni/EFE