A reunião da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) desta sexta-feira terá o prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, como palestrante. Lunelli falará da sua trajetória como empresário e como conseguiu implantar conceitos da iniciativa privada na esfera pública, aumentando as receitas e tendo controle rígido dos gastos.
Eleito em 2016 com a proposta de melhorar a saúde financeira da Prefeitura, simplificar, desburocratizar e aumentar a capacidade de investimento próprio criando um ambiente econômico mais favorável, Lunelli tem levado o seu case e- consequentemente o de Jaraguá do Sul- a diversos municípios catarinenses, como Blumenau, Ibirama, Gaspar e Indaial.
Em seu primeiro ano de governo, conseguiu aprovar uma ampla reestruturação administrativa. Com uma projeção de acabar 2017 – se nada fosse feito e o Orçamento do ano cumprido com uma dívida de R$ 60 milhões -, a Prefeitura conseguiu se reequilibrar através das mudanças implantadas, e chegou dezembro já daquele ano com superavit. Atualmente, o percentual de capacidade de investimento próprio ultrapassa os 12%.
Na palestra aos empresários catarinenses, Lunelli também irá abordar sua trajetória pessoal. De origem humilde, filho de pais agricultores, ele construiu uma das maiores empresas do ramo têxtil do Brasil. Hoje, o grupo tem fábricas em Santa Catarina, São Paulo, Ceará e Paraguai. Ao todo, são mais de 4,8 mil funcionários e uma produção de 23 milhões de peças ao ano. Para chegar aonde chegou, diz que foi necessário enfrentar um sistema que não favorece o empreendedorismo, a inovação e a geração de emprego e renda. Por isso, entre suas metas na vida pública sempre esteve impulsionar a economia.
Na política, o empresário tem sido um grande incentivador de mudanças, inclusive no MDB, seu partido. Ele defende a diminuição da máquina pública, o fim de privilégios – uma das suas frases mais repetidas e que todos são iguais – e um corte drástico no número de siglas. Segundo ele, o ideal seriam no máximo cinco partidos. Lunelli também faz um movimento contrário ao da criminalização da política, por onde vai ressalta a importância das pessoas participarem. “É muito fácil ficar da poltrona criticando, achando que todo mundo está errado”, provoca.