Marcante a passagem do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, por Balneário Camboriú nesta terça-feira. Milhares de pessoas, além de centenas de lideranças políticas, se acotovelaram desde cedo para prestigiar o ato da campanha presidencial no balneário mais badalado do Brasil. Calcula-se que mais de 200 prefeitos compareceram.
O espaço reservado para o ato, no Expocentro, ficou absolutamente lotado. A chegada do presidente estava prevista para cerca de 10h da manhã. Antes das 7h, contudo, já havia movimentação em frente ao pavilhão. As portas só foram abertas pouco antes da 9h, quando uma multidão já aguardava para acessar o local.
Até a chuva fria e quase constante que marcou a maior parte da manhã, que mais parecia de outono e não de primavera, deu uma trégua, cedendo lugar ao sol, justamente quando Bolsonaro chegava na região.
Apenas uma coincidência, evidentemente, mas fica o registro.
A luta pela liberdade, tão ameaçada pela ditadura da toga com a conivência servil e vergonhosa de setores consideráveis da mídia e de poderes públicos, deu o tom do discurso presidencial.
Guerra
Jair Bolsonaro fez questão de homenagear, assim que assumiu o microfone, um ex-pracinha, seu Arnoldo Lana (foto), que lutou na campanha da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Itália durante a segunda guerra mundial. “A pessoa mais importante aqui hoje,” desatacou o presidente, salientando que mais de 500 soldados brasileiros tombaram na Europa lutando por “liberdade”
Bandeiras e costumes
O presidente da República, sem meias palavras ou tergiversações, reafirmou claramente suas posições sobre temas importantes: contra o aborto, contra a ideologia de gênero, a favor da liberdade religiosa e a favor de armamento para a população ordeira e trabalhadora. “Um povo armado jamais será escravizado,” profetizou ele.
Pé de ouvido
“O melhor para Santa Catarina e o Brasil é Bolsonaro lá e Jorginho aqui”, assinalou o presidente, demonstrando bom humor neste momento. O grupo adversário costuma usar os advérbios aqui e lá em citações aos seus candidatos.
Antes dessa fala, o senador Jorginho Mello, virtual governador de Santa Catarina, cochichou algo no ouvido do presidente.
Conclamação
Antecedendo a manifestação presidencial, um empolgado Jorginho Mello fez uma fala objetiva, porém firme. Lembrou a todos que mais de 1,2 milhão de catarinenses não foram votar no dia 2 de outubro. “Precisamos convidar, intimar essas pessoas a votarem no segundo turno,” conclamou ele, arrancando aplausos da plateia.
Percentuais
Jorginho também reafirmou o desejo e a necessidade de mobilização da sociedade para que Bolsonaro conquiste 80% dos votos no dia 30 de outubro. A nova agenda presidencial do presidente no Estado reforça ainda mais a campanha de Jorginho, que ganhou enorme musculatura após a definição do segundo turno contra o PT de Décio Lima no estado.
Amin 22 em Navegantes
Jorginho Mello foi uma das autoridades que recepcionou o presidente Jair Bolsonaro no Aeroporto de Navegantes na manhã chuvosa desta terça-feira, 11. Ao lado dele estava outro senador catarinense, Esperidião Amin, derrotado na corrida eleitoral do primeiro turno. O líder progressista andava afastado das lídes eleitorais até hoje, quando, inclusive colou no peito o 22 de Bolsonaro e Jorginho Mello. Jorge Seif, o senador eleito, também lá estava.
Tête-à-tête
Aliás, fonte fidedigna relatou que os dois senadores tiveram uma conversa de bastidores amistosa e muito produtiva sobre investimentos para Santa Catarina. Os dois não trataram das questões eleitorais locais, segundo o mesmo interlocutor.
