Mais desgaste
Considerado o 40º ministro e conselheiro permanente de Dilma Rousseff, o marqueteiro João Santana é o mais novo peixe graúdo enredado pela Lava Jato. A decretação de sua prisão atinge em cheio, novamente, o PT e o governo Dilma, com respingos inevitáveis em Lula da Silva. Santana foi o responsável pelo marketing na campanha de reeleição do ex-metalúrgico, além de assinar as duas campanhas de Dilma Rousseff. Tamanha afinidade traz nova carga de desgaste ao partido de Lula e ao Planalto, pelas óbvias relações profissionais e de confiança.
Na segunda-feira, o Brasil acordou mais cedo para acompanhar as novas revelações. Estarrecedor. A cada passo, as investigações complicam ainda mais a Odrebecht, escancarando suas relações com agentes públicos, propinas, offshores, bens luxuosos, reformas, etc. Ao alcançar João Santana, o Ministério Público Federal, a Justiça Federal e a Polícia Federal não tem mais dúvidas: a operação Lava Jato veio para ficar. Ela fará seu segundo aniversário agora em março. Nos bastidores, projeta-se que ela tem gás para atuar por pelo menos mais dois anos. Ou seja, nesse ritmo, não deve sobrar pedra sobre pedra após a República ter sido passada inteiramente a limpo.
No Congresso
Outro fator desgastante para o PT e o governo é o retorno, triunfal, do senador Delcídio do Amaral à Câmara Alta. Volta depois de três meses no xilindró. Ele foi flagrado tentando atrapalhar as investigações da Lava Jato. Muito embora Delcídio tenha sido compulsoriamente licenciado do PT, ele continua petista. Sua presença no Congresso faz a ligação direta com a legenda vermelha. Constrangedor para o senador e terrível para o PT.
Respingos
É óbvio que este acúmulo brutal de denúncias, prisões, investigações, suspeitas, condenações envolvendo figuras do PT, e também do PMDB e do PP, respinga em Santa Catarina. Por aqui, a sigla de Lula da Silva deve ter enormes dificuldades em outubro e pode sofrer uma debandada nesta janela da infidelidade, que se abriu dia 18 e dura 30 dias.
Vitória de Dado
O Juiz Hélio do Valle Pereira se manifestou em relação à ação do Ministério Público que contestava dispensas de licitação para exames laboratoriais na Secretaria de Estado da Saúde. O gestor à época era o então deputado e hoje conselheiro do TCE, Dado Cherem. Ele chegou a ter os bens indisponíveis, a pedido do MP.
Manutenção
O magistrado entendeu, quatro anos depois, que as dispensas tiveram tão somente a preocupação de manter os serviços e que não houve prejuízos ao erário, tampouco enriquecimento dos acusados. Cabe recurso, mas se trata de uma vitória contundente de Cherem neste caso.
Região descoberta
Leitor do blog, José de Abreu, deixou mensagem na página do facebook, reforçando a necessidade de se equipar a região do Vale do Rio do Peixe com UTI Neonatal.
“Aqui na região do Vale do Rio do Peixe, aonde temos universidade de Medicina e um hospital universitário, acredite, não temos uma UTIneonatal. Já faz parte do PPA, é uma briga de anos.”
Presidência
Pelo trabalho de excelência realizado em 2015, o deputado estadual Natalino Lázare (PR) foi reconduzido à presidência da Comissão de Agricultura da Alesc.