A admissibilidade do relatório do senador Antonio Anastasia, que pede a cassação de Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, agora será encaminhado ao plenário do Senado depois de ser aprovado na comissão especial. Antes do julgamento final, que requer quórum qualificado, ou seja, dois terços dos senadores a favor, a peça precisa ser admitida para esta nova etapa. Foi marcada para terça-feira a sessão que vai avaliar a continuidade ou não do processo na Câmara Alta, precisando apenas de maioria simples dos votantes.
Todas as projeções apontam que o relatório da degola não será admitido na próxima terça, dia 9, como também deve passar até com certa no plenário, selando o destino da petista, que está afastada da presidência desde maio.
O julgamento final deve ocorrer entre fins de agosto e começo de setembro.
Nova adesões
Nos bastidores, as informações apontam que o PT já teria jogado a toalha. Senadores considerados indecisos até pouco tempo, como Cristóvam Buarque e Eduardo Braga já se posicionaram pelo impeachment. Braga, não custa lembrar, compôs o ministério de Dilma até o fim. Por isso, sua postura é emblemática.
Cunha na pauta
O Planalto trabalha para que Dilma Rousseff seja julgada antes de Eduardo Cunha. Mas essa estratégia encontra resistências na oposição, que ameaça não votar matérias importantes, como a renegociação da dívida dos Estados com a União. A leitura é a de que se Cunha ficar para depois, pode até escapar, pois aí começa de fato a campanha eleitoral.
Outra Angela
Angela Albino assume candidatura à prefeita de Florianopolis. “Uma campanha se faz com uma ideia e o desejo de mudar. Projeto de esperança, do novo. União e unidade. Vamos fazer diferente, com paz e tranquilidade. Estou cheia de gaz, de animação. Vamos fazer uma campanha diferente e mudar Florianópolis”, disse Ângela que terá o apoio do PT e outros partidos na coligação. O advogado Gabriel Kazapi será o vice da comunista.
Pec em destaque
O juiz federal Sergio Moro defendeu o fim do foro privilegiado, durante audiência pública da Comissão que estabelece medidas contra a corrupção da Câmara dos Deputados. “O foro privilegiado fere aquela ideia básica da democracia de que todos devem ser tratados como iguais”, declarou. Moro, que também possui prerrogativa de foro, afirmou que “facilmente abriria mão do benefício”.
A favor
Assim como Moro, o deputado federal Celso Maldaner é totalmente a favor, abrindo mão também do seu direito. “Penso que, no combate à corrupção, o primeiro passo é acabar com esta distorção jurídica que concede privilégios de julgamento a figuras políticas. Por isso, sou autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 247/2016, que tem como objetivo acabar com o foro especial por prerrogativa de função”, declarou o parlamentar.
Homem de partido
O deputado federal João Rodrigues (PSD) participou, na quarta e quinta-feira, dias 3 e 4, de uma série de convenções partidárias no Sul catarinense. O parlamentar aproveitou a maratona política onde referendou candidaturas e destacou a importância das eleições municipais para gravar mensagens para serem apresentadas em reuniões partidárias e programas eleitorais dos municípios da região.