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Mais um passo na batalha pela Ferrovia Norte-Sul

O projeto da Ferrovia Norte-Sul entrou definitivamente na agenda de Santa Catarina, como obra fundamental para o transporte de insumos para o agronegócio. Com a presença do ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, a Valec Engenharia apresentou, nessa sexta-feira, em Santa Catarina, os resultados do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) da ferrovia. O reunião, em São José, na Grande Florianópolis, ocorreu durante evento da Federação das Associações de Entidades Empresariais de Santa Catarina com o
Fórum Parlamentar Catarinense.

A Valec considerou viável a construção do trecho que começa em Panorama/SP, passa por Chapecó/SC e termina em Rio Grande/RS, e tem o custo total de R$ 21 bilhões. Ao todo, o trecho terá 1.785 quilômetros de extensão. Só no território catarinense, os trilhos percorrerão 115 quilômetros e passarão por 16 municípios.

Conforme o diretor-presidente interino da Valec, Mário Rodrigues Júnior, o trecho Sul da ferrovia trará retornos significativos para a sociedade. Com a conclusão do EVTEA, o próximo passo é a elaboração de um projeto básico para se obter, com mais precisão, o custo da obra, entre outras informações importantes. “Esses dados são preliminares, mas já apontam que a ferrovia é viável. O custo precisa ser melhor afinado. Precisamos evoluir para um projeto básico e para a análise ambiental, para que não haja interrupções na obra por problemas com uma reserva, por exemplo”, explicou.
Para a realização desse projeto básico, há duas possibilidades: o lançamento de uma Manifestação de Interesse para que a iniciativa privada assuma essa responsabilidade ou a realização dos estudos por parte da Valec. Durante a reunião, o ministro dos Transportes sugeriu aos parlamentares catarinenses em Brasília que destinem recursos para o projeto básico por meio de emendas de bancadas. “Já existe uma movimentação das bancadas dos três estados do Sul para que os estudos prossigam através da Valec”, afirmou o ministro.

Com relação à construção do trecho, conforme o diretor-presidente da Valec, a tendência inicial é que as obras sejam executadas por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada). Conforme o presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, existem grupos empresariais, inclusive estrangeiros, interessados em investir no trecho Sul da ferrovia, desde que já haja um projeto pronto para a obra.

A estimativa é que o projeto básico, juntamente com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), seja elaborado em dois anos e meio, além de outros cinco anos para a construção. Pelo projeto do governo federal, a Ferrovia Norte-Sul vai ligar Barbacena (PA) a Rio Grande (RS). Já está pronto o trecho entre Açailândia (MA) e Anápolis (GO). Os demais estão em obra ou ainda dependem de estudos.

Mobilização

Coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, o deputado federal Mauro Mariani (PMDB), destacou a importância da união das bancadas federais dos três estados do Sul para viabilizar a construção do trecho Sul da ferrovia. “Nós vamos intensificar essa mobilização envolvendo os três estados porque essa obra é estratégica para Santa Catarina e fundamental para o desenvolvimento do nosso estado”, comentou.
Além dos empresários ligados à Facisc presentes ao evento, participaram da reunião o senador Dário Berger (PMDB), os deputados federais Pedro Uczai (PT), Décio Lima (PT), Geovania de Sá (PSDB) e Jorginho Mello (PR), além dos deputados estaduais Ana Paula Lima (PT) e Valdir Cobalchini (PMDB) e do secretário de Estado da Infraestrutura, João Carlos Ecker.

Foto: Marcelo Tolentino, divulgação

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