Segue texto publicado hoje pelo site O Antagonista. Informa que o Planalto não conseguiu os votos necessários (11) para destituir o atual presidente do Sebrae, Carlos Melles. Nem a entrada do ex-presidente da entidade, Paulo Okamoto, no circuito foi suficiente para as intenções governistas de apear Melles do poder. Lula e aliados teriam apenas cinco dos 15 votos dos conselheiros do Sebrae nacional, colegiado presidido pelo catarinense José Zeferino Pedrozo, o Zezo.
Para derrubar o atual presidente seriam necessários pelos 11 votos. Além de significar nova derrotada para Lula da Silva, ela é extensiva ao catarinense Décio Lima. Ele estava cotado para substituir Melles, mas continua ao desabrigo federal já nas águas de março.
“Mais uma derrota para Lula
Planalto não conseguiu votos para destituir diretoria do Sebrae; reunião que estava marcada para essa quarta-ira foi cancelada
A reunião do Conselho do Sebrae agendada para hoje com objetivo de votar a destituição da diretoria da entidade, para colocar indicados pelo governo Lula (foto) no lugar, foi cancelada. A mudança no cronograma ocorreu a pedido dos mesmos conselheiros que haviam solicitado o encontro.
Mesmo com a movimentação do ex-presidente do Sebrae e amigo de Lula Paulo Okamotto, que passou até por um acordo entre o atual chefe do Executivo e o presidente da Câmara, Arthur Lira, o grupo não conseguiu votos suficientes para derrubar a diretoria nesta quarta (8). Ou seja, trata-se de mais uma derrota para o Planalto. Lula e Okamoto calculavam que essa reunião seria a etapa final da disputa que vem sendo travada desde a transição com o comando da entidade de apoio à micro e pequena empresa.
Três diretores, que foram nomeados em novembro, têm mandato fixo de quatro anos, incluindo Carlos Melles, ex-ministro do Turismo de FHC e ex-deputado pelo antigo DEM, reconduzido por Bolsonaro; e Margareth Coelho, ex-deputada federal pelo PP do Piauí, indicada por Lira e pelo ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, para a diretoria administrativa financeira. O terceiro diretor é Bruno Quixk, considerado um quadro técnico, segundo O Globo.
Para que eles sejam retirados dos cargos, é necessário ter o aval de 11 dos 15 conselheiros. Oficialmente, o governo federal controla cinco dos 15 votos. No entanto, o pedido para a realização da reunião sobre a troca da diretoria foi assinado por oito membros. De acordo com a reportagem, no acordo entre Lula e Lira, foi definido que Melles poderia ser demitido, desde que Margareth continuasse na diretoria.”
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