Acabou a paciência do prefeito de Criciúma, Márcio Búrigo (PP), com o governo do Estado. Não bastasse o mandato relâmpago de Clésio Salvaro, de um mês e meio, período no qual o tucano raspou o tacho (havia R$ 12 milhões em caixa e sobraram pouco mais de R$ 600 mil), em agosto do ano passado prometeram a Búrigo cerca de R$ 48 milhões em recursos para obras estruturantes na cidade.
Pensando nos benefícios para o município, o mandatário decidiu apoiar Raimundo Colombo na eleição estadual, mesmo com seu partido, o PP, tendo coligado e indicado o vice de Paulo Bauer (PSDB).
Hoje, às 17h, Búrigo se reúne com os oito deputados estaduais da região Sul. A pressão sobre o Centro Administrativo deve aumentar. E, se não funcionar, – até agora foram só promessas e nenhuma ação concreta – o prefeito pode mudar o tom em relação ao governo. Ele avalia, inclusive, um plano B do ponto de vista da filiação partidária. Vale lembrar que Raimundo Colombo venceu a eleição por margem estreita (1,5 ponto percentual). Ou seja, o apoio do criciumense foi fundamental. Se ele houvesse pedido votos para o candidato tucano, poderia ter ocorrido segundo turno em SC.
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