Coluna do dia

Marco pré-eleitoral

O tabuleiro sucessório teve  um movimento de pedra, que foi o fechamento do PSB com o PSD. Precoce, é verdade, mas também muito bem calculado. Significa que Jorge Bornhausen estará com Raimundo Colombo no ano que vem, ao contrário do que ocorreu em 2014, quando seu filho disputou o Senado na majoritária de Paulo Bauer e contra o governador.

Na terça-feira à noite, em Florianópolis, as principais lideranças do partido participaram de evento de mobilização do PSD, liderado pelo próprio  Colombo e por Gelson Merísio. O presidente estadual do PSB, Paulo Bornhausen, anunciou  que a legenda está fechadíssima com o projeto majoritário do deputado estadual e ex-presidente da Alesc.

Lá estavam os dois deputados estaduais e os principais prefeitos que o PSB elegeu em 2016. Este movimento de pedra praticamente garante à legenda uma vaga majoritária no pleito do ano que vem. Pode ser com o próprio Bornhausen, opção tanto para vice de Merísio quanto para o Senado, concorrendo ao lado de Colombo; ou mesmo o empresário joinvilense Ninfo Köenig, que tem um perfil que se encaixa nos ditames do momento político.

 

Projeções

A leitura também permite projetar o seguinte: Merísio encabeçando a chapa, pode ter Bornhausen de vice, mais Bauer e Colombo ao Senado. O PP indicaria o suplente do atual governador. O melhor caminho para os progressistas é a composição, reforçando a aliança PSD-PSB. Até porque, o PP dificilmente terá condições de lançar chapa pura, tampouco de fechar com o PT e obviamente muito menos com o PMDB.

 

Espaço

Se o PSDB não estiver na chapa, os progressistas têm totais condições de indicar um postulante ao Senado ou a vice. Não se pode descartar, também, uma solução com Paulo Bauer na cabeça, Merísio de vice, encaixando Bornhausen ao Senado ao lado de Colombo.

 

Rompimento político

Ao afirmar “Não tenho compromisso com ninguém para 2018”, Raimundo Colombo mandou um outdoor para o PMDB. Diante de seu partido, o governador abraçou publicamente a campanha de Gelson Merísio, um processo que não tem mais volta.

 

Isolamento?

O único grande partido que os peemedebistas podem atrair é o PSDB. Podem até oferecer duas vagas na majoritária. Do outro lado, só haveria uma, mas pode vir a ser o cabeça, dependendo, ainda, do quadro nacional. Se o PSD oferecer o Senado aos tucanos, o PMDB ficaria isolado, potencializando as chances de manutenção do poder no Estado (o PSDB faz parte do governo Colombo).

 

Nominata

E quem o PMDB tem na manga para a disputa? Tem hoje Mauro Mariani, que ainda não ganhou expressão; dispõe  do senador Dário Berger, que tem tudo para ser inviabilizado judicialmente; conta com Eduardo Moreira, que também possui telhado de vidro; e por fim, o PMDB tem o prefeito de Joinville, Udo Döhler. O problema dele, contudo, é que teria que renunciar à prefeitura em abril  de 2018, enquanto o prazo para a convenção homologatória é final de julho.

 

Musculatura

No evento do PSD, chamou muita atenção o pronunciamento do deputado Milton Hobus, que só faz crescer no conceito junto ao governador. Defendeu com veemência o projeto de Gelson Merísio, sempre asseverando que o momento é de buscar o melhor para Santa Catarina.

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