Nesta semana, na sessão que discute a Medida Provisória 665, criada pela presidente Dilma Rousseff e que restringe uma série de direitos dos trabalhadores, o deputado federal Marco Tebaldi discursou para lembrar da promessa de Dilma Rousseff, que havia dito que não mexeria nos direitos dos trabalhadores “nem que a vaca tussa”.
“Eu me lembro bem da campanha do ano passado, quando a então candidata do PT, Dilma Rousseff, disse em alto e bom som que não mexeria nos direitos trabalhistas nem que a vaca tossisse (…) nem bem assumiu o seu novo mandato, nós escutamos, ali ao lado da Praça dos Três Poderes, a vaca tossindo, e tossiu forte, tossiu para valer, engasgou de tanto tossir e veio na forma da retirada dos direitos dos trabalhadores”.
Tebaldi também convocou a presença dos aliados de Dilma na Câmara, lembrando que na votação da lei que regulariza a terceirização, a base aliada se disse protetora dos trabalhadores e agora, na sessão que analisa a MP 665 – que restringe os direitos dos trabalhadores – eles sequer haviam aparecido.
“Onde está o PT? Onde está o Padre Luiz Couto, que fala muito? Onde está o Vicentinho? Onde está o Zé Guimarães? Onde está Sibá (Machado, líder do PT)? Onde estão Maria do Rosário, Jandira Feghali? Há poucos dias, eles não levantaram aqui a carteira de trabalho, na votação da terceirização? Então, eu pergunto: onde está a CUT? Por que a CUT não veio hoje aqui?”, provocou Tebaldi.
No fim de seu discurso, Tebaldi declarou que iria contra a MP 655: “Então, minha gente, quero dizer que nós vamos votar contra essa medida provisória, porque ela vem prejudicar os nossos trabalhadores”.
Foto: Ag. Câmara, arquivo, divulgação