O deputado estadual Bruno Souza, assim como qualquer agente público, é passível de questionamentos por determinadas posturas.
Mas neste caso, o parlamentar do Novo está coberto de razão. De forma autoritária, arbitrária e absolutamente ilegal, o deputado Marcos Vieira (PSDB), que é presidente ad aeternum da Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa, não concedeu direito de vistas em gabinete solicitado por Bruno Souza durante a discussão do polêmico projeto que modifica as bases de cobrança do ICMS de itens básicos, como leite e farinhas, e de bebidas quentes no Estado.
Aliás, é o caso de se perguntar: Marcos Vieira preside a poderosa Comissão de Finanças da Alesc há 10 anos! O rodízio nas comissões permanentes da Casa é tradição. E costuma ser constante. De dois em dois anos, mudam-se os presidentes e suas composições. Uma recondução diante de um trabalho bem feito é legítima e compreensível.
Agora fica difícil explicar o que estaria por trás dessa eternidade de Marcos Vieira na estratégica Comissão da Alesc. Quais seriam exatamente os interesses?
Vieira acabou deixando muito mal, numa saia justíssima, o Parlamento Catarinense. Bruno Souza conseguiu uma liminar na Justiça, da lavra do desembargador Sérgio Izidoro Heil, suspendo a tramitação do projeto, já na tarde de quarta-feira. A vergonhosa sessão do arroubo autoritário do deputado tucano ocorreu na manhã do mesmo dia.
O despacho do magistrado confirma a absoluta ilegalidade do ato de Marcos Vieira, que sofreu uma derrota acachapante e carregou a Assembleia Legislativa junto para a vala da vergonha.
Vergonhoso também o comportamento dos deputados e deputadas que compõem a Comissão de Finanças da Alesc. Ficaram todos quietinhos, fazendo cara de paisagem diante da flagrante ilegalidade cometida por Marcos Vieira. O deputado tucano está absolutamente desmoralizado.
