Ex-deputado federal Mauro Mariani, candidato do MDB ao governo em 2018, depois de um ano mergulhado e longe da política, começa a circular novamente. Ele está avaliando seu futuro político. Sobretudo depois desse desfecho nacional, com o deputado federal Baleia Rossi assumindo a proa do Manda Brasa. Ele tem apoio da banda podre do partido, aqueles de sempre, o que deve dificultar a convivência, apesar de o catarinense Carlos Chiodini ter sido guindado a uma das vice-presidências da nacional. O jaraguaense foi o deputado estadual mais alinhado a Mariani até as eleições do ano passado.
Mesmo assim, o ex-deputado federal sequer foi a Brasília. Não participou da convenção nacional do Manda Brasa. Agora ele se movimenta de uma maneira que está levando interlocutores a perceberem a possibilidade de Mariani sair das hostes emedebistas.
Em conversas reservadas, Mauro Mariani tem dito que o futuro da política tupiniquim passa pelo paulista João Doria, nome que desponta como candidato de centro no próximo pleito presidencial. Seria a alternativa à polarização entre Bolsonaro e a esquerda.
Interessante observar que um fiel escudeiro de Mauro Mariani, Vinícius Lummertz, é o secretário de Turismo de Doria em São Paulo.
Centro
O governador paulista é filiado ao PSDB. Não quer dizer que Mariani avalia necessariamente migrar para o ninho. Leva-se em consideração outra possibilidades. Como a fusão de PSD e DEM (talvez até atraindo outros partidos menores). Surgiria então um novo partido de centro com a intenção de se diferenciar do quadro atual. É nesse diapasão que Mariani começa a balizar sua volta à política.
Demora
O ex-governador Raimundo Colombo criticou a decisão do Senado de adiar para o próximo dia 22, uma semana depois do prazo previsto, a votação do segundo turno da reforma da Previdência desde que haja a garantia do governo de que os recursos do pré-sal serão divididos entre estados e municípios. Em palestra de mais de uma hora e meia, na Loja Maçônica Histórica Credibilidade, em Florianópolis, Colombo afirmou que essa demora é um sinal ruim para a sociedade.
FRASE
“Nós tínhamos que ter aproveitado essa lua de mel de dez meses do novo governo e fazer um pacote de mudanças estruturais, profundas. A gente queimou esse capital e estamos fazendo uma coisa parcial” Raimundo Colombo, ex-governador
Cosip
Foram quase 12 meses de embate. E o bloco independente da Câmara de Vereadores de Joinville, formado pelos vereadores Ninfo König, Odir Nunes, Iracema do Retalho, Tânia Larson, Mauricio Peixer e Rodrigo Fachini, conseguiram mais uma vitória sobre a base governista do prefeito Udo Döhler. A forma de cobrança da Cosip – iluminação pública – foi alterada a partir do início de 2018, provocando grande insatisfação da população joinvilense. Mas o grupo de seis vereadores se uniu, ouviu a comunidade e lutou até que conseguiu a volta ao modelo antigo de cobrança, por testada – frente do imóvel.
Novo texto
O secretário de Comunicação de Joinville, Marco Aurélio Braga, entrou em contato com a coluna e revelou que a prefeitura enviará um novo projeto sobre a Cosip à Câmara de Vereadores. O projeto citado no texto acima, e que foi motivo de comemoração do bloco parlamentar, é de autoria de uma vereadora. O governo entende que há vício de origem, por isso mandará novo texto ao Legislativo joinvilense. Braga salienta que “vereadores não podem legislar sobre causa tributária. Projeto é igual. Só que ajusta a legalidade.”