A recente visita, presencial, da deputada federal e candidata a prefeita de Florianópolis, Ângela Amin, ao diretório municipal do MDB rendeu uma nota oficial da executiva estadual do Manda Brasa.
Trata-se de uma pérola. Senão, vejamos.
A partir do momento em que a direção estadual do partido precisa mandar uma nota de esclarecimento para justificar a presença de uma deputada federal, candidata a prefeita da Capital, apoiada pela mesma legenda na disputa local, é sinal de que realmente o MDB perdeu a bússola e parece longe de encontrá-la novamente.
Com detalhes tragicômicos no texto, onde se lê, por exemplo, que a estadual não sabia que a reunião com os candidatos a vereador seria presencial.
Até prova em contrário, o MDB apoia Ângela Amin em Florianópolis, apesar de não ter sequer indicado o vice e por mais absurdo que possa parecer esse encaminhamento.
História não se apaga
A candidata, como é de domínio público, é adversária/inimiga de emedebistas desde o restabelecimento das eleições diretas lá em 1982, quando seu marido (Esperidião) derrotou o então senador Jaison Barreto. Ou seja, há quase 40 anos!
Luz do dia
A tal nota é o reconhecimento público do MDB de que o partido segue batendo-cabeça. Definitivamente, não há entendimento nas fileiras da sigla, pois a nota é fechada com a seguinte linha de raciocínio: a municipal tem autonomia, claro, mas a estadual não avaliza!
Que bela oportunidade de ficar calada perdeu a direção estadual do MDB.
Censura
A Justiça Eleitoral acabou enquadrando a deputada federal Carmen Zanotto por litigância de má-fé. Isso depois de ela entrar uma ação com cara, jeito e conteúdo de censura às redes sociais. Chega a ser estranha postura dela, pois se trata de uma figura pública com larga experiência.
Estômago de aço
Saber conviver com as redes sociais nestes tempos requer uma boa dose de estômago extra muitas vezes, mas nada que justifique uma ação desta natureza.
Avançou o sinal
O que essa situação nos mostra é que uma vez incomodada com os posicionamentos apresentados a candidata buscará todos os meios de limitar a voz das pessoas. O que leva a preocupação de como será a censura se os comentários decorrerem de quem tem alcance populacional maior, por exemplo os jornalistas.
Licença eleitoral
O deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB/SC) pediu licença de seu mandato na Câmara para se dedicar à campanha eleitoral. Em seu lugar, assume o empresário Jorge Goetten (PL, que vem a ser irmão do ex-deputado Nelson Goetten), suplente nas eleições de 2018. A posse está prevista para esta semana, em Brasília.
Reconhecimento
O gesto de Peninha é em reconhecimento ao trabalho dos que disputaram a eleição em 2018, mas não obtiveram votos para conquistar uma cadeira no Parlamento: “Ninguém se elegeu sozinho. Os votos dos suplentes foram importantes para que os deputados do MDB se elegessem. É natural e importante que eles tenham a oportunidade também de assumir o mandato por um período”.
Pé na estrada
Nos próximos dias, Peninha intensificará os roteiros em sua base. Ao lado do seu chefe de gabinete, Rafael Pezenti, e do deputado estadual Jerry Comper (MDB), participará ativamente da campanha eleitoral nos municípios.