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MDB e PSD colocam os blocos nas ruas

De maneiras diferentes, mas com objetivo comum único, PSD e MDB colocaram o bloco na rua esta semana com vistas ao pleito estadual de 2022.
Os dois partidos, primeiro e terceiro no ranking do poder estadual, deram a largada nos processos internos com outra semelhança, além do calendário: cada um tem três nomes listados visando alcançar a unção interna para a condição de pré-candidato a governador.
Pelos lados do Manda Brasa, o triunvirato atende por Antídio Lunelli, prefeito de Jaraguá do Sul; Celso Maldaner, deputado federal e Dário Berger, senador. Já nas hostes pessedistas, o tripé é formado por Milton Hobus, deputado estadual; Raimundo Colombo, ex-governador; e Napoleão Bernardes, ex-prefeito de Blumenau.

Laços e história
Em princípio, são partidos que tendem a não estar juntos no ano que vem, embora tenham assento no primeiro escalão do governo Moisés da Silva, sem contar na histórica tríplice aliança costurada por Luiz Henrique da Silveira lá em 2006 (com o PSDB junto). Ainda chamado de PFL, o PSD governou junto com o MDB, elegeu um senador do PFL, Raimundo Colombo, que depois cumpriu dois mandatos consecutivos à frente do Centro Administrativo, apoiado e governando com a turma do Manda Brasa.

Água e vinho
As semelhanças e convergências param por aí. O MDB vai realizar prévias, fazendo jus ao seu próprio nome: Movimento Democrático Brasileiro. Serão cerca de 187 mil filiados aptos a votar, uma decisão histórica e impactante nas fileiras emedebistas.
O PSD, a seu turno, vai manter a tradição, restringindo a definição ao diretório estadual e à influência dos cardeais do partido.

Timing
Tudo muito bem, tudo muito certo. A pergunta que não quer calar, no entanto: é hora desse tipo de movimentação partidária? A pandemia está prestes a completar um ano em Santa Catarina, aniversário indigesto que vem junto com as águas de março.

Insensibilidade
Os prejuízos desse período são incalculáveis. E a situação se agrava a cada a dia o que nos permite responder à própria pergunta. Não é hora pra se gastar energias e recursos apenas visando as eleições como se nada estivesse acontecendo. Cautela e caldo de galinha, já ensinava o dito popular, não fazem mal a ninguém.

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