Blog do Prisco
Manchete

MDB no comando

Está confirmada para sábado a investidura de dois emedebistas no governo estadual. Dois deputados estaduais. Ambos do Oeste. Moacir Sopelsa (D), presidente da Assembleia, assumirá o governo de forma interina, e Romildo Titon (E), que responderá pela Secretaria de Agricultura.
São os dois mais longevos parlamentares da Alesc. Sopelsa está completando o sexto mandato e Titon, o sétimo. Consecutivos. Os dois também não concorrem ao pleito deste ano.
A força-tarefa emedebista não fica só no contexto administrativo. Entra, ainda, na seara partidária. Outro deputado, o federal Celso Maldaner, reassumiu o comando do Manda Brasa estadual, que estava a cargo do primeiro vice, Edinho Bez.
São três nomes do Oeste que se mobilizam em funções estratégicas para tentar trazer, efetivamente, o MDB à campanha reeleitoral de Moisés da Silva, algo que até agora não aconteceu.

Desrespeito

A vice-governadora Daniela Reinehr anunciou que se licenciou e não vai assumir o governo. Deixou claro, contudo, seu descontentamento. Ela sente-se, novamente, desrespeitada. Daniela não foi procurada por Moacir Sopelsa e muito menos pelo governador do Estado. Recebeu apenas uma comunicação formal da Casa Civil avisando-a de que haveria a transição governamental neste sábado!

Cabeça fria

Ela poderia simplesmente aparecer no sábado durante o ato eleitoral dos aliados e assumir o governo. Mas não o fará, apesar das pressões e também porque automaticamente se tornaria inelegível.

Impeachment

Sobrou, contudo, uma ameaça legislativa a esta troca de cortesias entre Moisés e o MDB. O deputado estadual Maurício Eskudlark vai assumir a presidência da Assembleia Legislativa. Assim como Daniela Reinehr, ele é do PL e aliado do senador Jorginho Mello, candidato ao governo catarinense.

Impeachment 3

Nada impede que o novo comandante da Alesc leia, o que significaria aceitar, um novo pedido de impeachment, que será protocolado nesta sexta-feira pelo PROS-SC. A minuta já está pronta. Acusa o chefe do Executivo estadual de suposto abuso de poder econômico e político durante a pré-campanha eleitoral.

Lê, Maurício

Eskudlark já está sendo pressionado por Jorginho Mello nesta direção. Mas, mesmo que o parlamentar não aceite o novo processo, só a simples notícia de que há mais um pedido de impedimento do governador rondando a Alesc já gera desgaste.

Que fase!

Somando tudo, temos que o atual governador vive, novamente, um inferno astral. Ocasionado por sucessões e sucessões de erros políticos. O principal deles: dar de ombros para os ensinamentos políticos que a história recente de Santa Catarina e do país oferecem.

Com o fígado

Moisés quebrou a ponte, frágil, que tinha com Jair Bolsonaro. Afastou-se das bandeiras e promessas conservadoras da campanha de 2018; vive um flerte “eterno” com o MDB (partido ao qual não teve coragem de se filiar), que ainda não virou aliança na ponta; vive cercado por neófitos e bajuladores que nada ou pouco acrescentam do ponto de vista eleitoral.
Esse é o resumo, grosso modo, da situação a 30 dias das eleições.

foto>Solon Soares, Ag. Alesc, arquivo

Posts relacionados

Carlos Humberto (PL) denuncia crime ambiental em Balneário Camboriú

Redação

Prefeito eleito de Rio do Sul, Manoel Arisoli Pereira, anuncia novos nomes de seu governo

Redação

Comenda do Legislativo Catarinense 2024 é entregue em sessão solene na Alesc

Redação