O blog segue avaliando o quadro me alguns dos principais partidos de Santa Catarina e esmiuça, neste pot, ainda mais a situação do MDB-SC.
O deputado federal Celso Maldaner levará sua candidatura à presidência do partido até o fim. Ele representa os legítimos e genuínos emedebistas, coisa que o senador Dário Berger não é. Ele nunca construiu partido, não está nem aí para a sigla e não é histórico do MDB. Encontra-se na sua sétima legenda. Mesmo assim, ganhou um mandato de senador de graça.
Toda a movimentação de Maldaner, que tem apoio de Paulo Afonso Vieira, Casildo Maldaner, que é seu irmão, presidente de honra da legenda e que pilotou o MDB por 10 anos, e Eduardo Moreira, também pode ser uma sinalização com vistas a 2022. De que este grupo não vai querer Dário Berger candidato ao governo de Santa Catarina.
Seria correr o risco de ganhar e não levar. O senador é conhecido, tem um longo histórico, de só administrar para seu grupo de São José, ignorando olimpicamente a questão partidária.
É um contexto que pode levar Berger a nem disputar a presidência do MDB.
Futuro de Moreira
Com relação a Eduardo Pinho Moreira, o ex-governador já se apresenta como nome emedebista ao Senado. Também falta combinar com os russos, como diria o saudoso Mané Garrincha. Tem muita gente dizendo, nas fileiras da sigla, que o MDB precisa apresentar seus melhores nomes na eleição municipal de 2020.
Prefeito
Moreira já foi prefeito de Criciúma. Tem domicílio eleitoral lá. A turma quer que ele se apresente como candidato a prefeito, que dispute a eleição e mostre que tem votos.
E daí, quem sabe, Moreira poderia vir a ser candidato a senador. Agora simplesmente já se escalar como candidato, com o grau de impopularidade que ele tem em Criciúma? São os históricos do MDB colocando as manguinhas de fora. Vale frisar que Eduardo Moreira tem história no partido, mas não na mesma proporção que outros emedebistas.
Digitais
O detalhe é que esse grupo que vai formando uma corrente majoritária no MDB considera que o próprio Moreira é um dos grandes responsáveis pela derrocada da sigla em Santa Catarina.
Senão, vejamos. Ele foi três vezes vice-governador neste século. Cumpriu dois mandatos-tampões de governador e presidiu a seção estadual da legenda por 10 anos. E o partido chegou aonde chegou!
Erros em sequência
Na verdade, o MDB errou muito. Mauro Mariani não poderia ter aberto mão da candidatura ao Senado na eleição de 2014, abrindo caminho para Dário Berger. O hoje senador encontrava-se em forte viés de baixa naquela época, sem prestígio. No limite, iria eleger-se deputado estadual. Ressuscitaram um cidadão que estava meio aniquilado.
Saudoso LHS
E quatro anos depois, o MDB conseguiu a façanha de não lançar candidato à Câmara Alta e a ajudar a eleger Jorginho Mello, do PR, que não está nem aí para os emedebistas.
Somando tudo, depreende-se que o único senador verdadeiramente emedebista e eleito foi Luiz Henrique da Silveira. Depois de sua morte, a cadeira inclusive ficou com Dalirio Beber, do PSDB. A recente história do MDB é um desastre!
foto>Marcelo Tolentino, arquivo, divulgação