MDB sob novas influências
Na reunião em que o presidente estadual do MDB, Carlos Chiodini, anunciou as datas para as convenções municipais do partido (as datas sugeridas pelo presidente são 14, 15 ou 16 de abril, e a definição será atribuição de cada órgão partidário municipal), a imagem oficial para divulgação é emblemática.
Além do próprio Chiodini, que é deputado federal reeleito, outros dois eleitos para o Câmara: Rafael Pezentti e Valdir Cobalchini. Soma-se ao trio dona Ivete Appel, que assume como senadora; Ada de Luca, que disputou a Câmara e não conseguiu eleger-se mas é muito amiga da viúva de LHS; e dois deputados estaduais: Jerry Comper e Volnei Weber.
Fica a clara sensação de que o partido passará a estar mais sob a influência da bancada federal do Manda Brasa, deixando um pouco de lado a força dos deputados estaduais, que é tradicional no partido.
Na gestão de Celso Maldaner, que foi deputado federal, houve muita dificuldade de convivência com a bancada estadual do MDB-SC, que até o final deste mês conta com nove deputados, mas que passará a ter apenas seis a partir de fevereiro.
Marca de Daniela
Deputada federal diplomada e ex-vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr, segue recebendo mensagens de apoio e reconhecimento pela sua atuação durante os últimos quatro anos.
Contra a pensão
Preparada para o novo desafio, representar Santa Catarina no Congresso Nacional, a parlamentar lembra que deixou o cargo e não vai receber pensão vitalícia, a exemplo do que acontece com sete ex-governadores catarinenses.
Privilégio absurdo
“Essa medida, que tem o nosso apoio, foi aprovada em 2017. E mesmo que não tivesse sido aprovada e eu tivesse esse direito ainda assegurado, abriria mão por não concordar com tal privilégio,” assinala ela, salientando que somente os salários dos sete ex-mandatários que não foram alcançados pela medida aprovada na Alesc custam R$ 3,6 milhões anuais aos cofres públicos.
Rota de colisão
O deputado estadual reeleito Sargento Lima (PL) abriu guerra pública contra um correligionário, mas desafeto político regional. O parlamentar oficiou a comissão de ética do partido, pedindo a expulsão do prefeito de Itapoá, Marlon Neuber (PL). O ofício é endereçado ao presidente do partido, o governador Jorginho Mello.
Enrolado
Lima argumenta que Neuber é investigado na Operação Mensageiro (fraude em licitações), de dezembro do ano passado, quando chegou a ser preso. E lembra que não é a primeira vez que o prefeito se envolve em operações policiais.
Divisões
Sem sombra de dúvidas, o PL foi o partido que mais cresceu nas eleições de 2022 em Santa Catarina.
Um dos efeitos colaterais desta robustez política são as divisões e desentendimentos internos, que começam a ficar mais frequentes.
Geleia
A disputa do deputado Lima, que é um excelente quadro, com o prefeito de Itapoá, é um exemplo. Mas há dificuldades as mais variadas, também, de convivência entre os deputados estaduais (11) e os federais (6) eleitos pelo PL.
Sobretudo no que diz respeito às formulações ideológicas e posicionamentos políticos, inclusive em relação a decisões do novo governador catarinense. A conferir os desdobramentos.