As dúvidas vão se dissipando com o decorrer dos dias do ano eleitoral. Raimundo Colombo está determinado a renunciar ao governo do Estado na primeira semana de abril. Faltam mais de dois meses e meio. Mas a transição já está a todo vapor. Ontem, iniciou-se a segunda quinzena de janeiro. O vice-governador, Eduardo Moreira, que responderá interinamente em fevereiro e talvez até em março, pôs mãos à obra para montar sua equipe. Respaldado, é bem verdade, pelo próprio Colombo. Os nomes do governo que se avizinha, contudo, são todos ligados a Moreira e ao seu MDB.
O vice já deixou muito claro: não quer saber de nomes pessedistas em seu período à frente do Executivo estadual, uma vez confirmada sua efetivação, o que ocorreria a partir de abril.
Mais uma vez, evidencia-se a finíssima sintonia entre governador e vice quando o assunto é a transição e também as composições com vistas ao pleito de outubro. Quando a conversa abrange o presidente estadual do PSD, Gelson Merisio, o cenário muda radicalmente. O clima é de azedume total. Do pessidista em relação ao MDB e vice-versa.
Desembarque
Contexto que levou dirigente do PSD a examinar a possibilidade de encaminhar a renúncia coletiva de todos os correligionários que ocupam cargos estaduais antes mesmo da renúncia de Raimundo Colombo. Mas reunido ontem com os colegas de bancada, decidiram restringir aos integrantes do primeiro escalão, quando sacramentada a renúncia de Colombo, se efetivamente ocorrer. As bancadas do PP, PSB, PDT e Podemos , além de outras alinhadas ao projeto eleitoral de Gelson Merísio, podem seguir o mesmo caminho.
Os ocupantes dos demais escalões da máquina estadual permaneceriam, até porque o mandato de Colombo e Moreira só termina em dezembro. Mas, naturalmente, consumada a renúncia, o vice uma vez efetivado poderia desalojá-los. Aí seria uma decisão unilateral.