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Médico malformado faz muito mal à saúde

A saída do médico . João Guizzo da coordenação da Unisul, noticiada em primeiríssima mão pelo blog, motivou posicionamento das entidades médicas  sobre a qualidade dos cursos de medicina. Confira

“No momento em que observamos rumores da antecipação do fim da moratória para abertura de novos cursos de Medicina e também, escolas médicas planejando ampliar vagas para os cursos existentes, o Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (COSEMESC), reforça seu compromisso em manter vigilância e combate à má formação médica, em qualquer instituição com ambiente sem estrutura física adequada, sem corpo docente qualificado, e em número insuficiente para atender a demanda.

Os principais defensores da abertura de novas escolas e de mais vagas para os cursos de Medicina são, em parte, empresários que veem a educação como mercadoria e raros, preocupam-se com o profissional que será entregue à sociedade. Nos últimos 15 anos, o aumento em mais de 50% do número de vagas em Medicina no país – muito além do necessário, não foi acompanhado de maneira uniforme com a ampliação do quadro de professores, mestres e doutores. Tão pouco se observou a inauguração de hospitais e ambulatórios, na quantidade adequada.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), 70% das vagas nos cursos de Medicina são em escolas particulares, com um custo mensal inicial médio de R$ 7 mil. Em Santa Catarina os custos são altos, exigindo sacrifícios de alunos e dos seus pais, que esperam em retribuição, uma formação médica de qualidade.

Não precisamos de mais escolas e vagas em cursos de Medicina e sim, melhores escolas e melhores médicos. Precisamos de melhor distribuição geográfica dos profissionais que estão no mercado, situação que poderá ser corrigida com a implantação do programa Médicos pelo Brasil e pela adoção da Carreira de Estado.

Parabéns aos professores de Medicina em nosso Estado que lutam contra adversidades de toda ordem para assegurar o ensino de qualidade.

Parabéns aos coordenadores dos cursos de Medicina que diuturnamente perseguem este ideal, inclusive posicionando-se contra atitudes que na primeira hora aparentam ser apenas mercantilistas.

Que a sociedade catarinense permaneça atenta à formação de profissionais tão importantes quanto são os médicos. Medicina de qualidade para todos os brasileiros!

O resto é utopia e mercado. Só com sonhos não se faz boa Medicina.”

 

 

 

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