Coluna do dia

Mello quase lá

O senador Jorginho Mello (PL) tem motivos de sobra para estar animado nessa reta final de campanha. Não só porque aparece bem nas pesquisas de opinião, naquelas que têm alguma credibilidade, evidentemente, mas porque a realidade das ruas indica que ele já assumiu condição de favoritismo absoluto para assegurar uma das vagas ao segundo turno.
Não bastasse isso, o que se observa é um novo vídeo encaminhado para a campanha do PL, onde Jair Messias Bolsonaro não deixa dúvidas. Escancarou que em Santa Catarina ele é Jorginho Mello. Sem reservas. Isso, indiscutivelmente, vai fortalecer e muito a posição do senador e candidato do PL ao governo. Assim como já ocorreu com Jorge Seif, favoritíssimo ao Senado a esta altura do campeonato.
No domingo, depois do comício de Lula da Silva na Capital, quem também deve capitalizar é Décio Lima, candidato em Santa Catarina. Dentro do contexto da verticalização, Jorginho, 22 de Bolsonaro e Décio, 13 de Lula. A conferir a capacidade de transferência do ex-mito entre os catarinenses.

Golpe duplo

Não bastassem essas circunstâncias, Moisés ainda teve uma notícia de duplo teor negativo. A confirmação da candidatura de Ralf Zimmer, do PROS, ao governo. Foi o Republicanos, partido do governador, que pediu o indeferimento, rejeitado por unanimidade no TRE-SC.

Prejuízo

O governador não só perde o PROS na coligação como também terá que conviver com Zimmer até o fim da campanha. O candidato tem sido impiedoso com Moisés nos debates e nas redes sociais. Ele parte pra cima de Gean Loureiro também, mas sua metralhadora giratória mira mesmo o atual inquilino da Casa d’Agronômica. O tiroteio acaba de alguma maneira atrapalhando o projeto reeleitoral de Moisés.

Braços cruzados

Outro aspecto absolutamente negativo para ele: o MDB não entrou na campanha. Foram muitos e sucessivos erros cometidos, sobretudo o fato de Moisés não se filiar ao MDB e de rejeitar, de forma desastrosa, o nome de Antídio Lunelli na chapa depois de o jaraguaense praticar o gesto de aceitar ser vice.

Lula aqui
O próprio Paulo Afonso Vieira esteve no palanque de Lula no domingo. Só no do presidenciável ou o ex-governador do MDB também abraçou as campanhas de Décio Lima e Dário Berger? Se for o pacote completo da esquerda, é mais uma defecção, de um ex-mandatário estadual na campanha mosaica.

Piada pouca

Em outra frente, segue a farra de dados inconsistentes e para os mais variados gostos em Santa Catarina. Corre nos bastidores que algumas empresas de pesquisas colocam somente o nome para o eleitor apreciar. Outros apresentam o nome, o número e o partido; esse é o modelo correto.

Conta outra

Ainda mais em um contexto de polarização absoluta. Sobretudo em Santa Catarina, onde um ilustre desconhecido elegeu-se governador, por 18 mil votos o PSL não elegeu um senador, além de fazer 10 deputados.

Lorota e mais lorota

Quem não apresenta o número hoje, de forma deliberada, está a manipular, à luz do dia, a opinião pública.
Passa a sensação de que há gente querendo camuflar, a todo custo, a realidade eleitoral deste país e deste estado.

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