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Mercado tem expectativa positiva em relação a novo governo

Os efeitos da crise política no humor da economia nortearam boa parte das palestras do 32º Congresso Nacional de Sindicatos Patronais, que reuniu cerca de 1500 lideranças sindicais de todo país, de 25 a 27 de maio, no Parque Vila Germânica, em Blumenau.

O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas foi categórico: “O timing da economia depende do timing da política”. Conforme o especialista, as incertezas no governo impactam na volatividade e pessimismo do mercado, que vem amargando números de faturamento, volume de vendas e emprego bastante preocupantes em 2015 e início de 2016.

“Economia não tem ideologia, é pragmática e eficiente, mas tivemos o fechamento de 100 mil lojas em todo o país no ano passado, um ministro da Fazenda que nem esquentou a cadeira, juros altos, dólar subindo e reajuste dos preços da luz e gasolina, tudo isso em um cenário conturbado em Brasília. Se tivéssemos uma economia bem gerida e com mais autonomia nos últimos anos, não estaríamos nessa situação hoje. A conta chegou e agora está sendo paga. Mas, dependendo da credibilidade que o novo governo passar ao mercado, podemos ter um segundo semestre melhor”, afirma Freitas.

Os próximos passos no executivo são essenciais para o Brasil recuperar o rumo do crescimento. A confiança do empresário do comércio e a intenção de consumo das famílias- dois indicadores medidos pela CNC e Federações- já apontam sinais favoráveis com as mudanças na presidência.

“O país vive um momento muito delicado. A cada dia a economia renova para baixo os principais indicadores de nossas atividades comerciais. Quando olhamos para a política, essência e motor da transformação social, vemos um Estado ainda mais crítico. Por isso, a reforma política, mãe de todas as outras, tem contornos de urgência. Junto a ela, as reformas trabalhista, previdenciária e tributária”, declarou o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

Sob um viés mais filosófico, o professor e historiador Leandro Karnal propôs uma reflexão sobre a questão ética e corrupção na palestra “Vida sem ética dá mais trabalho”, uma das mais aplaudidas do evento. Segundo ele, uma espécie de “corrupção endêmica” permeia o comportamento dos brasileiros, do trânsito ao governo.

Foto>divulgação

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