Ainda presidente estadual do PSD, Gelson Merisio, conversou, nesta segunda-feira, com o presidente nacional, Gilberto Kassab Em São Paulo. Tomou a iniciativa justamente para entender melhor a resolução que estabelece a não realização de convenções estaduais em unidades federadas onde o PSD encolheu no pleito de 2018.
Nestes estados, os diretórios locais serão obrigado a pedir autorização ao comando nacional para realizarem suas convenções. Onde os pedidos forem negados é porque Kassab e seus dirigentes entenderam que o desempenho do partido ficou muito abaixo e serão nomeadas comissões provisórias.
Kassab revelou, segundo interlocutores, que em relação a Santa Catarina ainda não existe uma posição firmada. Ou seja, não foi definido se haverá convenção ou a direção partidária ficará com uma comissão provisória.
Os relatos indicam que a conversa foi muito boa, agradável.
SEM PARTIDO, BORNHAUSEN INFLUENCIA NOS DESTINOS DO PSD
Embora esteja sem partido e fora do dia a dia da política há vários anos, o ex-senador e ex-governador Jorge Konder Bornhausen tem feito pressão para que Gilberto Kassab nomeie Raimundo Colombo para a presidência estadual do PSD.
Trata-se de uma interferência externa, mas ela tem lastro histórico, digamos assim. Gilberto Kassab só ganhou projeção nacional pela articulação de JKB. Em 2004, dois anos depois de perder o pleito presidencial para Lula da Silva, José Serra acabou aceitando Kassab como seu candidato a vice-prefeito de São Paulo. Bornhausen presidia o PFL nacional à época. Em 2006, Serra disputou o governo paulista. Ganhou e Kassab, então um ilustre desconhecido, foi guindado à condição de prefeito da maior cidade da América Latina e terceiro maior orçamento do país. Em 2008, por seus próprios méritos, Kassab conseguiu se reeleger, vencendo o PT e outros adversários históricos. A partir daí, o ex-pefelista e hoje comandante nacional do PSD entrou para o primeiro escalão da política nacional.