Final de ano movimentado do ponto de vista político em Santa Catarina. Diferentemente do que normalmente ocorre nesta época do ano. O presidente da Alesc e licenciado do PSD-SC, deputado Gelson Merísio, reafirmou publicamente que o partido terá projeto próprio para 2018, encabeçando uma chapa ao governo do Estado. O pessedista foi além, afirmando que se Raimundo Colombo renunciar para candidatar-se ao Senado em 2018, o PSD desembarcará dos cargos a partir da ascensão do PMDB ao comando. Movimento semelhante a legenda já fez em 2010, quando Leonel Pavan (PSDB) assumiu o Executivo estadual após a renúncia de Luiz Henrique da Silveira. Na sequência, o próprio Colombo foi ungido candidato ao governo pela tríplice aliança, suplantando Pavan.
A nova manifestação de Merísio provocou a reação de Eduardo Moreira. O vice-governador deixou claro que o PMDB também tem caminho próprio para 2018. Importante lembrar que a sigla não lançou candidato em 2010 e 2014, anos eleitorais em que apoiou Colombo. Moreira também frisou que vive a expectativa de assumir o governo em janeiro de 2018. Já nas hostes do PSD, as projeções para a eventual renúncia do governador indicam para o prazo fatal, no começo de abril daquele ano. Está ficando cada dia mais cristalino: PSD e PMDB estão divergindo até na hora de marcar a data para passar no cartório assinar o divórcio.
Eu, Colombo
Nunca é demais ressaltar que a opção pela renúncia é uma decisão pessoa, unilateral do governador. Que pode muito bem decidir não renunciar e completar o mandato até 31 de dezembro de 2018. Portanto, senhoras e senhores, muita calma nessa hora.
Atuação parlamentar
O deputado Sílvio Dreveck (PP), que deve assumir a presidência da Assembleia em fevereiro, participou da assinatura do convênio no valor de R$ 630.927,84 para o Hospital São Luiz, em Campo Alegre. Os recursos foram solicitados pelo parlamentar e serão utilizados para a aquisição de equipamentos. Ato realizado no Hospital São Luiz e que contou com a presença do secretário da Saúde, João Paulo Kleinübing e do presidente da Confederação Nacional da Saúde, Tércio Egon Paulo Kasten.
Bolada
A Assembleia repassou ao governo do Estado R$ 30 milhões em economias realizadas ao longo de 2016, mesmo com a atual crise econômica. A assinatura do ofício de autorização foi realizada pelo presidente Gelson Merisio (PSD). O depósito foi feito no caixa-geral da administração estadual, a chamada fonte 100, e pode ser usado em áreas consideradas prioritárias pelo Executivo, como Educação, Saúde e Segurança, por exemplo.
Chave-de-ouro
O deputado federal Esperidião Amin está fechando o ano com a famosa chave-de-ouro. Além de ser o único catarinense a compor a lista dos 100 cabeças do Congresso Nacional, ele foi protagonista da última e turbulenta sessão do ano na Câmara. Foi dele a relatoria do projeto de renegociação das dívidas estaduais. Amin foi um dos responsáveis diretos pela costura que impôs uma derrota fragorosa a Michel Temer, excluindo do texto final as contrapartidas que a União estava exigindo dos Estados para concretizar a negociação.
