Minha experiência de praticamente 20 anos em Brasília me revelaram, aos poucos, o atoleiro em que nos encontramos.
Nesse período avançamos no IDH, que significa melhorias na educação, longevidade e renda, mas paradoxalmente os índices de violência, homicídios e impunidade cresceram e crescem absurdamente ( te envio o gráfico comparativo que fiz). Milhões de pessoas deixaram a miséria, mas o país não deslancha economicamente ameaçando regredir no emprego e renda.
Minha avaliação é que existe uma grande trava ao crescimento econômico, pano de fundo do nosso espasmódico, inseguro e sofrível desempenho nesta área.
É exatamente a política dos juros absurdos do Brasil. Agora eles estão sufocantes.
Mas o pior é que quando se fala em ajuste fiscal não se diz que isso significa cortar obras, investimentos e recursos para áreas como saúde, assistência social e educação porque não é possível diminuir salários e previdência e a política é não diminuir o quinhão dos bancos. Aliás são eles que dominam o governo a muito tempo. O déficit é “ pinto” perto dos 360 bilhões de reais gastos com os juros mais altos do mundo pagos aos bancos em 2015, enquanto para estradas se gastou 5 % desse valor e com educação um terço do q eles levaram. O único país q enfrenta crise com essa política é o Brasil. A China baixou os juros 6 vezes em 2015 para crescer mais. Os americanos baixaram juros e aumentaram os investimentos e o déficit para sair da crise. A Dilma se agarrou ao Trabuco para não cair do governo.
Nossa carga tributária é alta demais mas o que não se percebe é que de cada real arrecadado 18% vão pagar juros somando 46% para a rolagem da dívida ( veja o gráfico que te envio).
Muitos economistas dizem que temos que baixar as taxas de juros mas os nossos dirigentes da política econômica, desde os tempos de FHC até hoje, pertencem ao mesmo grupo, que tem interesses em carrear para os agentes financeiros os melhores resultados…
Enquanto sugarem o nosso sangue assim, principalmente de milhões de brasileiros humildes q suam diariamente pagando os altos impostos presentes no pão e no leite, no remédio na luz e que são carreados dessa forma infame para os bancos dificilmente teremos o desenvolvimento que almejamos.
Mesmo que caia a Dilma.
José Carlos Vieira, ex-deputado federal.