Manchete

Meu amigo Felhberg!

A coluna de hoje é reservada para homenagear uma figura única, ímpar e que marcou história no jornalismo político de Santa Catarina, muito embora fosse natural do Rio Grande do Sul.
Por décadas, o falecido profissional disponibilizou seus prestimosos serviços ao Jornal Zero Hora, de Porto Alegre.
Ele também teve papel de destaque durante sua passagem no governo de Emílio Garrastazu Médici. Em pleno regime militar. Mas foi uma escolha acertadíssima do conterrâneo e ex-presidente.
Carlos Fehlberg, nosso homenageado, era um homem aberto, interagia com leveza, buscava a convergência com inteligência. E mesmo com um presidente militar no comando do país, prestou um grande serviço em Brasília. A todos os brasileiros.

Informação

Ele se formou em Medicina, mas o coração batia mesmo era pelo jornalismo. Na década de 1990, os catarinenses tiverem o privilégio de ter Felhberg como editor-chefe do Diário Catarinense, função que ele já havia exercido na Zero Hora.

Boas memórias

Ele tinha uma paixão especial pela política. Como colunista do Diário Catarinense, lembro-me das várias vezes em que produzimos edições com 10, 15, 20 páginas somente de cobertura política, sob o seu comando, é claro!

Líder nato

Ele era um apaixonado pelo tema. E conseguia envolver, estimular, agregar, entusiasmar seus liderados. Me incluo entre eles. Não éramos apenas liderados. Havia uma admiração e o maior respeito por sua conduta ética, profissional e sobretudo por sua competência. E pelo fino trato.

Descanse em paz

Carlos Felhberg nos deixou no domingo aos 88 anos. Fica o seu legado. Inclusive como ser humano. Homem educadíssimo, era dono de um texto fantástico e sempre com aquele sorriso meio maroto. Não era um sorriso assim tão largo, nosso amigo sempre foi um pouco mais discreto. A cada sorriso, contudo, ele mostrava aquele coração pulsando de ternura e de alegria com todos que conviviam com ele.

Economia

Aqui queremos registrar também uma de suas lideradas, a jornalista Estela Benetti. Trata-se da referência em jornalismo econômico aqui em Santa Catarina. Profissional das mais compenetradas, ela não só absorveu conhecimentos jornalísticos como se transformou na companheira de Felhberg por longos anos.

Na história

E teve o privilégio de conviver na intimidade com esta figura fora da curva. Nos últimos anos, a travessia já foi mais complicada, em função de um AVC sofrido por ele. Ela, no entanto, dedicou-se integral e amorosamente a ele, tornando o fardo dele mais leve no final da vida.

Gente nossa

Deixamos aqui registrado minha amizade e meu carinho a esse gaúcho da gema, que se apaixonou por Santa Catarina e em especial pela Ilha. Não tenho a menor dificuldade em dizer que ele também foi um filho da nossa terra, homem reto e de conduta irretocável, que deixa uma lacuna que não será preenchida.

foto>Ag. RBS, arquivo, reprodução

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