Blog do Prisco
Manchete

Mimimi canhoto

Na última terça-feira, no Palácio do Planalto, o presidente Lula da Silva fez a transferência, o repasse, a confirmação de recursos para vários estados brasileiros.
Dinheiro emprestado via BNDES – os juros são camaradas, mas empréstimo enseja a contrapartida, ou seja, o pagamento dos valores escalonadamente – e também por outros organismos federais.
Vários governadores compareceram. O de Santa Catarina, Jorginho Mello, mandou o secretário da Infraestrutura e Mobilidade, Jerry Comper, representá-lo.
O governador já havia estado com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, acertando os detalhes do empréstimo de R$ 632 milhões para Santa Catarina.
Foi só o governador não comparecer à solenidade, abrilhantada, digamos assim, por Lula da Silva, para a canhotada se matricular nessa atitude de Jorginho Mello.

Água e óleo

O chororô é porque o governador não gostaria de aparecer na foto ao lado do ex-presidiário, imagem que, sem sombra de dúvidas, seria amplamente explorada nas campanhas eleitorais que se avizinham (2024 e 2026). Teria algum potencial de prejudicar as candidaturas do PL, especialmente nos grandes colégios eleitorais no pleito do próximo ano, mas, sobretudo na campanha de 2026, quando o chefe do Executivo estadual será candidato à reeleição.

Parceria

Jorginho é correligionário de Jair Bolsonaro – e se elegeu governador com a ajuda do então presidente da República, então a imagem ao lado do fenômeno canhoto do Sul do mundo poderia atrapalhar.

Ah tá

Mas um governador não pode agir assim, dizem os observadores da cena política, inclusive na própria mídia. Os especialistas, experts afirmaram isso, salientando que o governador teria que agir sob o viés administrativo e institucional. Um como governador e o outro como presidente que saiu da cadeia e das urnas.

Sério?

É pra rir ou pra chorar? Santa Catarina enfrentou dois meses de chuvas, enxurradas, vendavais, ciclones, um verdadeiro dilúvio, uma tragédia histórica. Há ainda milhares de catarinenses lambendo as feridas e se virando do jeito que dá para sobreviver. Pergunta-se. Alguém tem notícia da visita de Lula da Silva ao estado?

Ele ignorou olimpicamente a dor, a desgraça, a tragédia da qual o estado sairá ainda mais forte. Simples assim.

Agora vem

Essa semana surgiu uma conversa de que agora a deidade vermelha, o guia supremo, virá ao estado na próxima semana. Seria para marcar o ato de reabertura do Porto de Itajaí. Tudo evidentemente pelas mãos de Décio Lima, ex-prefeito de Blumenau de dois mandatos, hoje presidente nacional do Sebrae, guindado a essa posição por seu compadre Lula da Silva.

Profundo conhecedor

Décio inclusive foi superintendente do Porto no primeiro mandato de Volnei Morastoni em Itajaí, quando o prefeito era filiado ao PT. O presidente do Sebrae conhece a fundo os caminhos administrativos do terminal itajaiense.

Ver pra crer

Será mesmo que Lula virá a Santa Catarina no apagar das luzes de 2023? Será que trará a blogueira deslumbrada a tiracolo? O colunista é cético com essa notícia, mas aguardemos. Nesse caso, ficamos como São Tomé: só acredito vendo.

Conversa mole

Voltando ao blábláblá petista sobre a não ida de Jorginho a Brasília. Então quer dizer que o líder máximo pode ignorar olimpicamente os estragos causados pelas chuvas, que castigaram duramente mais de 150 municípios de Santa Catarina, mas o governador tem a obrigação institucional e administrativa de ir beijar a mão do petista em Brasília? Pra pegar um empréstimo! Lembrando que a verba é pública, é dinheiro dos nossos impostos. Lula não está fazendo nenhum favor aos catarinenses. E ainda teremos que pagar algum juro.

Pesos e medidas

Mesmo assim, o governador catarinense poderia ter ido a Brasília para agradar a Lula e seus camaradas? Poderia. Assim como o líder vermelho DEVERIA ter vindo ao estado e não veio.
A atitude de Jorginho é política. Como Santa Catarina não está merecendo o respeito e a consideração da União, o governador se vê no direito de não comparecer no Palácio do Planalto.

Independentemente de quem?

E vamos deixar de conversa mole, com recadinhos através de um jornalismo tendencioso, capcioso, faccioso e muito, mas muito longe de ser imparcial.

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