A Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) contra quatro empresários e executivos das construtoras Criciúma Construções LTDA, Cizeski Construções LTDA e do Comércio de Alimentos Martins LTDA por diversos crimes que lesaram compradores de imóveis de Criciúma. É a primeira denúncia resultante da operação do GAECO para a apreensão de documentos e provas e a prisão preventiva de alguns dos envolvidos no caso Criciúma Construções.
Gelson Bortoluzzi Ferreira e Rogério Cizeski foram denunciados por estelionato, crime contra a economia popular e
contravenção contra a economia popular. Gelson Bortoluzzi Ferreira é empregado da Criciúma Construções e Rogério Cizeski é dono da Criciúma Construções e de mais 71 empresas. Rogério Cizeski também foi denunciado por ocultação de bens e lavagem de dinheiro, com Amilton Martins (Comércio de Alimentos Martins) e Ramon Geremias (executivo da Construções Criciúma).
O grupo econômico Criciúma Construções é investigado desde maio de 2014, suspeito de venda de apartamentos sem incorporação imobiliária, estelionato, parcelamento irregular do solo, falsidade ideológica, fraude processual, ocultação de bens provenientes de infração penal e crimes falimentares.
Segundo a denúncia, Rogério e Gelson, de 2009 a 2014, usando de suas posições na empreiteira, comercializaram unidades no Condomínio Residencial e Comercial Supreme, em Criciúma, sem que a empresa que representavam fosse a verdadeira dona dos imóveis. Somente nos nove contratos citados na denúncia, os dois conseguiram um lucro de mais de R$1 milhão, ilegalmente.
Além disso, os denunciados Rogério Cizeski e Gelson Bortoluzzi Ferreira fizeram afirmação falsa nos contratos firmados com adquirentes quanto às frações ideais das unidades que constituem o empreendimento.
A partir do início deste ano, Rogério Cizeski e Ramon Geremias aliaram-se a Amilton Martins a fim de utilizar as contas da Comércio de Alimentos Martins para a ocultação de bens e movimentação bancária, pois a Criciúma Construções não podia mais movimentar suas contas, devido às diversas ações judiciais contra a construtora.
Foto: MPSC, arquivo, divulgação