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Mobilização política: a abissal diferença entre o impeachment de 1997 e o de 2020!

As fotos mostram uma diferença fundamental, abissal, entre o processo de impeachment de 1997, quando o emedebista Paulo Afonso Evangelista Vieira escapou da degola. Ele tinha torcida, time, engajamento partidário de lideranças e da militância da sigla. Havia uma fortíssima defesa programática sob o aspecto ideológico no contexto daquela época.

Naqueles idos, havia forte clamor popular pela cassação de Paulo Afonso. Por pouco ele não perdeu o mandato, mas na undécima hora conseguiu os votos necessários e completou os quatro anos de governo. Sem sombra de dúvidas, a sobrevivência do emedebista naquela reta final do século passado esteve umbilicalmente ligada à mobilização em torno dele (as imagens não deixam dúvidas).

De volta a 2020, vemos um cenário diametralmente oposto. Não há clamor popular pela deposição de Moisés da Silva, embora as pesquisas demonstrem claramente o brutal desgaste do inquilino da Casa d’Agronômica. Na outra ponta, o ilustre desconhecido que surgiu em 2018 surfando com toda a força a onda Bolsonaro, não tem qualquer apoio partidário ou de militância. A votação do segundo impeachment, na terça-feira, escancarou a debilidade política do ainda governador: dois votos favoráveis num universo de 40 eleitores, no caso, os deputados estaduais.

Salvo alguma mudança de rota ou decisão jurídica nas horas que se seguem e o destino de Moisés também tem tudo para ser bem diferente do de Paulo Afonso Vieira: seu mandato está, assim como o da vice-governadora, por um fio. Ou melhor, por um voto!

 

fotos> divulgação

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