O governador eleito, Carlos Moisés, anunciou, no começo da tarde da segunda-feira, 3, os primeiros integrantes do colegiado que vão compor o seu governo e o tamanho do corte inicial, em linhas gerais, que ele pretende fazer na estrutura do Estado. Quatro nomes foram confirmados para assumirem em janeiro junto com Moisés. Três deles foram revelados pela coluna de ontem e pelo Blog do Prisco (www.blogdoprisco.com.br) ainda no domingo de manhã.
Paulo Eli, apesar dos ruídos de última hora com a equipe de transição, fica na Secretaria da Fazenda. O médico-bombeiro Helton de Souza Zeferino será o novo secretário de Saúde do Estado e o coronel aposentado da PMSC, Jorge Tasca, especialista em gestão pública, assumirá a Secretaria de Administração. A novidade ficou por conta da recondução do atual secretário de Justiça e Cidadania, Leandro Lima, na pasta que irá se chamar Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa. Terá algumas mudanças. O Procon, por exemplo, não ficará no guarda-chuva dessa estrutura.
Fim de uma era
Como já foi amplamente divulgado, as 20 ADR’s serão extintas. Das 15 pastas centrais, Moisés vai manter 10. Ele não anunciou a criação da Controladoria-Geral do Estado, que está sendo gestada na equipe de transição e que deverá ter status de primeiro escalão, conforme também já foi adiantado pela coluna. As Agências de Desenvolvimento Regional foram criadas em 2003 por Luiz Henrique da Silveira. Nasceram como Secretarias de Desenvolvimento Regional. Eram 36. Eduardo Moreira baixou seu número para 20, já como ADRs, denominação que foi dada no governo Raimundo Colombo. O fim delas foi pauta de campanha e promessa de Carlos Moisés.
Compromisso
O governador ressaltou os compromissos de campanha, apresentando um projeto de enxugamento da máquina estadual. Depois do anúncio, que durou cerca de 15 minutos, Moisés pediu licença, invocou um compromisso de agenda e passou a condução do evento para o coordenador da equipe de transição, Luiz Felipe Ferreira.
Conselho de Segurança
Carlos Moisés também anunciou uma peculiaridade na área de Segurança. Será criado um conselho que reunirá os comandantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias. Os quatro terão autonomia de gestão em suas áreas. Haverá um rodízio entre eles na coordenação do conselho. A determinação do governador é a integração das comunicações, dos sistemas e da atuação das forças de segurança em Santa Catarina.
Dez pastas
Há menos de um mês para sua posse, Carlos Moisés divulgou aos catarinenses que manterá 10 secretarias centrais se a reforma administrativa for aprovada. O projeto será enviado à Alesc e e terá que ser aprovado pelos deputados, o que só deve ocorrer depois de fevereiro do ano que vem, quando a próxima legislatura se instalará. O que permanecerá, de acordo com o projeto de Moisés: Secretarias da Fazenda; Administração; Desenvolvimento Econômico; Administração Prisional e Socioeducativa; Educação, Agricultura e da Pesca; Saúde; Segurança Pública; Infraestrutura e Mobilidade; e Desenvolvimento Social.
Continuidade e confiança
Dos quatro nomes confirmados por Carlos Moisés, dois são soluções de continuidade e técnicos reconhecidos em suas áreas de atuação. Paulo Eli na Fazenda e Leandro Lima no sistema prisional.
E dois são militares, qualificados, e da confiança do governador eleito. Jorge Tasca na Administração e Helton Zeferino na Saúde.
